Pesquisadores do PPGAS apresentam seus doutorados em vídeos de 3 minutos

Vídeo selecionado pelo PPGAS-USP para concorrer ao Prêmio Vídeo Pós-Graduação USP 2019

Título da pesquisa: A vida é um remanso: montagens de performance nos batuques do alto médio São Francisco
Doutoranda: Pâmilla Vilas Boas Costa Ribeiro

Resumo da pesquisa:
Essa pesquisa tenta incorporar a fluidez do rio e das histórias que cercam os batuques do alto médio São Francisco. No bater das caixas e no som grave do roncador eles compartilham memórias, friccionam passado e presente e fazem viver, na performance, as vozes emudecidas do passado. A performance dos batuques é resistência, é trazer as coisas de volta à vida e reviver essas memórias que vem à tona de forma vulcânica. O batuque é invenção, ação, repetição e as diferentes formas de representação são possibilidades de materialização desse espaço fluido onde se assenta a cultura batuqueira/vazanteira. 

Link para o vídeo: https://youtu.be/eprfnoZgGUE

Mais vídeos de divulgação das pesquisas do PPGAS-USP

Título da Pesquisa:  O Funk em São Paulo - Um estudo sobre agências sociais da música
Doutorando: Paulo Menotti del Picchia

Resumo da pesquisa: A pesquisa investiga obras de arte musicais a partir de uma perspectiva centrada em suas agências nas cadeias de relações sociais onde estão inseridas. Uma das inspirações foi a teoria da agência elaborada por Alfred Gell em sua empreitada para formular uma antropologia da arte capaz de transcender padrões estéticos. Identificamos  no universo artístico do funk seus principais agentes sociais, levando em consideração, inclusive, os agentes não-humanos que acionam poderosas transformações na vida dos jovens que produzem essa música. Um exemplo de um agente não-humano poderoso do funk, atualmente, é o site de vídeos na internet youtube. Mas o youtube sozinho não age, não cria, não transforma. No funk, o youtube age associado aos clipes, que agem associados às músicas, que agem associadas aos DJs e produtores musicais, que agem associados aos fluxos, que só ocorrem pela agência dos paredões de som. Essa é uma  síntese possível de uma das cadeias de relações sociais que constituem o mundo do funk e sua rede sócio-técnica. Como exatamente esses sujeitos agem? Qual a natureza dessa agência? O que ela cria, que tipo de eventos e que tipo de resultados ela produz? Essa etnografia envolve três tipos de inserção: junto a MCs, DJs, músicos e diretores de clipes para acompanhar seus processos criativos; junto aos jovens frequentadores de fluxos de funk acompanhando a reverberação da produção dos primeiros; e por último, uma etnografia digital (via internet) onde temos a chance de acompanhar as interações online destes dois grupos nas redes sociais. O ponto de partida para esse campo etnográfico foi a Liga do Funk, uma associação de MCs que promovia reuniões semanais até 2018.

Link para o vídeo: https://youtu.be/ccPZDeUMFrU