Histórico PPGAS Indica

Início:
Período: 12-06-2023 até 15-06-2023
Centro Universitário Maria Antonia (USP) e na Unicamp (15 de junho)

Comissão Organizadora e Científica

Organização
Fernanda Arêas Peixoto (DA - USP)
Christiano Tambascia (DA - Unicamp)
Gustavo Rossi (DA - Unicamp)
Stefania Capone (CNRS, EHESS, Césor, França)
Antonio Carlos de Souza Lima (PPGAS - Museu Nacional, UFRJ)


Comissão científica
Antonio Carlos de Souza Lima (PPGAS - Museu Nacional, UFRJ)
Aura L. Reyes Gavilán (Universidad de Antioquia)
Christine Laurière (CNRS, Héritages, França)
Christiano Tambascia (DA - Unicamp)
Fernanda Arêas Peixoto (DA - USP)
Diego Villar (IICS, CONICET- UCA, Argentina; CIHA, Bolívia)
Frederico Delgado Rosa (CRIA, Universidade Nova de Lisboa, Portugal
Isabelle Combès (IFEA, UMIFRE 17 MAEDI/CNRS USR 3337, França;
CIHA, Bolívia), TEIAA, Universidade de Barcelona, Espanha)
João Leal (CRIA, Universidade Nova de Lisboa, Portugal)
Lorena Cordoba (CONICET- UCA)
Nadège Meizé (Consulado da França)
Stefania Capone (CNRS, EHESS, Césor, França)

Comissão organizadora
Amanda Gonçalves Serafim (DA - Unicamp)
Antonio Carlos de Souza Lima (PPGAS - Museu Nacional, UFRJ)
Christiano Tambascia (DA - Unicamp)
Erik Petschelies (DA - USP)
Fernanda Arêas Peixoto (DA - USP)
Gustavo Rossi (DA - Unicamp)
Luís Felipe Sobral (DA - Unicamp)
Luísa Valentini (Centro de Estudos Ameríndios - USP)
Stefania Capone (CNRS, EHESS - Césor, França)

Apresentação

O Colóquio internacional Histórias das antropologias latinoamericanas: experimentações contemporâneas dá continuidade a discussões propostas por ocasião do Colóquio de lançamento do International Research Network, Histórias transatlânticas das antropologias da América Latina (IRN, CNRS), ocorrido em Paris em junho de 2022. O IRN é uma rede internacional de pesquisadores constituída por antropólogos da Argentina, Brasil, Bolívia, Colômbia, França e Portugal, todos colaboradores e associados a Bérose – Encyclopédie internationale des histoires de l’anthropologie (www.berose.fr). A ambição científica da rede é contribuir para uma história transatlântica da etnografia e da antropologia em diversos países da América Latina (séculos XIX-XXI), a partir de uma perspectiva comparada, de modo a compor um quadro diversificado e heterogêneo das antropologias praticadas no sul do continente e na área caribenha. Sem desconsiderar os contextos de produção das ideias, o termo “contemporâneo” presente no título do I Colóquio (Histórias contemporâneas das antropologias latino-americanos) indica a atenção concedida aos usos e sentidos do passado para as antropologias que fazemos hoje e que projetamos para o futuro. O mesmo espírito preside este II Colóquio. Trata-se de empreender um recuo histórico de modo a recuperar sujeitos, conceitos e práticas para “repensar a antropologia”, nos conhecidos termos de Edmund Leach. História da antropologia teoricamente informada, reflexiva e autorreflexiva, orientada pelas questões do presente, mas recusando um “presentismo” radical, que é cética diante da escrita da história, assim como o “antiquarismo”, que carrega ilusões sobre o estudo do passado em si mesmo, sem relações com o tempo presente. Este segundo encontro almeja colocar o foco nas “experimentações contemporâneas” que podem ser de vários tipos: experimentações com (e contra) a história; experimentações teórico-metodológicas; experimentações institucionais (experimentos museográficos e museológicos); experimentações com saberes de diversos tipos (acadêmicos e não acadêmicos); também com as ciências naturais, com as artes e a literatura. Nesse sentido, os participantes devem privilegiar casos e exemplos específicos de forma a extrair, pelo mergulho analítico, ilações mais amplas a serem cotejadas e confrontadas nos debates e reflexões conjuntas. Trata-se tanto de recuar no tempo, de modo a pensar com personagens e experiências pretéritas, bem como de jogar luz sobre experimentos recentes, conferindo atenção aos trânsitos de saberes e aos fluxos transatlânticos; aos materiais e materialidades; às inflexões de gênero, raça e sexualidade; aos novos saberes museográficos e às curadorias compartilhadas. A ideia norteadora do colóquio é investir radicalmente na ideia de experimentação, trazendo à baila novos sujeitos e problemáticas em função de experiências arriscadas e arrojadas, escutando-os e pensando com eles de modo a forjar novos instrumentos e, quem sabe, a projetar outras memórias e histórias da antropologia. Rever antropologias diversas feitas na (e desde a) América Latina, pensando suas potencialidades para uma reflexão ampliada sobre os saberes antropológicos e suas reconfigurações, eis o objetivo central do encontro.

12/06 – Segunda-Feira
Local: Centro Universitário Maria Antonia

Programa

13h30 – Saudação de boas-vindas
Fernanda Arêas Peixoto (USP), Christiano Tambascia (Unicamp), Gustavo Rossi (Unicamp), Nadège Mezié (Consulado da França em SP), Maria Arminda do Nascimento Arruda (Vice-Reitora/USP) e José Lira (MariAntonia)

Apresentação HITAL/ Bérose

Christine Laurière (CNRS) e Frederico Delgado Rosa (Universidade Nova de Lisboa)

14h-15h30 - Dueto
Vozes negras: racismo e antirracismo na antropologia brasileira.
Messias Basques Jr. (Instituto Afro-latino-americano/Universidade de Harvard)

Pensando a partir das ‘retomadas’: mobilização indígena e antropologia.
Daniela Fernandes Alarcon (Ministério dos Povos Indígenas/Laced/Museu Nacional/UFRJ)
Moderação: Frederico Delgado Rosa (Universidade Nova de Lisboa)

15h45 -18h45 – Antropologia e experimentos curatoriais
Artes indígenas são saberes ancestrais?
Sandra Benites (antropóloga e curadora)

Atualizando saberes, construindo horizontes de futuro: protagonismo indígena Tikuna no Museu Maguta.
Rita de Cassia Mello Santos (UFPB)

Musealizar lo no visitable, experiencia curatorial alrededor del Parque Nacional Serranía de Chiribiquete.
Aura Lisette Reyes (Universidad de Antioquia, Colômbia)

A antropologia e o processo de reconstrução do Museu Nacional, UFRJ: experiências na composição de acervos e novas exposições.
Caio Gonçalves Dias (Museu Nacional/UFRJ/UNESCO)
Moderação: Luisa Valentini (CEstA/USP)


13/06 – Terça-Feira
Local: Centro Universitário Maria Antonia

Programa

14h-16h – Novas paisagens, outros personagens: experimentos com o fazer antropológico Povos ameríndios: de objetos à protagonistas do conhecimento.
Tiago Nhandewa (USP)

"Eu sou meu corpo": sobre olhar, (não) ouvir, escrever
Anahi Guedes de Mello (Anis/Instituto de Bioética)

Encruzilhar saberes: pertencimento afro-religioso e o fazer antropológico.
Mariana Ramos de Morais (Museu Nacional/UFRJ)
Moderação: Stefania Capone (CNRS/EHESS/Césor)

16h30-19h30 – Artes, antropologias: experimentos com palavras, sons, imagens

A ficção cinematográfica colombiana à luz da Antropologia
Julie Amiot-Guillouet et Maria Jimena Febvre (UMR Héritages/CNRS, França).

Um DJ habita em nós: escrita antropológica e culturas remix.
Dennis Novaes (Museu Nacional/UFRJ).

MONSTRANS - o (in)humano trans.
Lino Arruda (ilustrador e quadrinista transmasculino)

Antropologia e literatura: experimentações a partir de diálogos possíveis.
Adriana Facina (Museu Nacional/UFRJ)
Moderação: Fernanda Arêas Peixoto (DA/USP)

14/06 – Quarta-Feira
Local: Centro Universitário Maria Antonia

Programa

14h-15h30 – Fluxos e trocas: experiment-ações (1)
Transformação de saberes: alguns diálogos entre ciência e conhecimentos indígenas
Joana Cabral de Oliveira (DA/Unicamp).

Antropología y análisis computacional, etnografía y fuentes parroquiales: nuevas posibilidades en el estudio del parentesco en los Andes.
Pablo Sendon (ICSS-UCA/CONICET, Argentina).
Moderação: Antonio Carlos de Souza Lima (Museu Nacional/UFRJ)

16h-17h30 – Fluxos e trocas: experiment-ações (2)
Conhecimentos e conhecedores contra-hegemônicos na universidade: a experiência da Cátedra Kaapora-Unifesp.
Valéria Macedo (UNIFESP).

Saberes em sankofa: ações afirmativas na pós-graduação e reconhecimento de novas epistemes.
Jacqueline Moraes Teixeira (UNB/CEBRAP).
Moderação: Gustavo Rossi (DA/Unicamp)

18h. Reunião membros da equipe de HITAL

15/06 – Quinta-feira
Local: Unicamp (AEL e IFCH)

Programa

14h-16h – Workshop com os membros da Rede HITAL e visita ao Acervo História da Antropologia no Brasil do AEL.
Curadoria: Luís Felipe Sobral (DA/Unicamp), Amanda Gonçalves Serafim (DA/Unicamp) e Erik Petschelies (DA/USP).
Local: Arquivo Edgard Leuenroth (Unicamp)

16h30-18h – Políticas de memória e preservação

Diálogo entre João Pacheco de Oliveira (Museu Nacional/UFRJ) e Mário Augusto Medeiros da Silva (DS/Unicamp)
Moderação: Christiano Tambascia (DA/Unicamp)
Local: Auditório Fausto Castilho (IFCH/Unicamp)

Início:
Sala 24 do Prédio das Ciências Sociais - Av. Prof. Luciano Gualberto, 315
Início:
Período: 15-05-2023 até 19-05-2023
USP

De 15 a 19 de maio de 2023, acontece a primeira Semana de Saúde Mental da USP, coincidindo com o calendário nacional de celebração e luta em defesa da política de saúde mental brasileira e de seus princípios e valores basilares, que vinculam estreitamente essa política à problemática da justiça social, da dignidade e dos direitos humanos.

Para marcar a data, a Pró-Reitoria de Inclusão e Pertencimento estimula a criação de oportunidades de encontro, conversa e cuidado sobre o tema nos diferentes espaços da universidade e oferece, em colaboração com vários parceiros, uma programação de atividades que propiciem um maior conhecimento sobre as políticas de saúde mental do país e as que vêm sendo propostas para a comunidade universitária, assim como a oportunidade de reflexão e debate sobre alguns aspectos importantes da saúde mental coletiva na vida contemporânea. Com destaque na programação preparada para este ano aos impactos da pandemia em nossa saúde mental.

Uma programação que inclui a realização de um seminário e um evento artístico-cultural, ambos tendo como tema as relações da pandemia com a nossa saúde mental, além de várias rodas de conversa e outras atividades programadas para promover uma semana de cuidado coletivo com a saúde mental na universidade.

Confira a programação:

https://prip.usp.br/ssmusp/

Início:
Online

Gisele Brito, Fernanda Pinheiro Silva e Nilma Bentes, a partir de suas vivências, militâncias e pesquisas, conduzirão uma conversa-debate que envolve a emergência climática e os territórios em contextos urbanos.
Primeiro encontro do seminário 'Prefigurações decoloniais no espaço urbano' (parceria entre o Coletivo de Antropologia Urbana (Portugal), o Instituto de Referência Negra Peregum (Brasil) e o Grupo de Estudos de Antropologia da Cidade (Brasil)).
Inscrições: https://prefiguracoes01.eventbrite.com.br

Início:
Sala 08 do Prédio das Ciências Sociais - Av. Prof. Luciano Gualberto, 315

Ato Simbólico do Povo Pyri (Tenharin)
Na Terra Indígena Marmelos, Sul do Amazonas, os Tenharin habitam um território historicamente ocupado por seus anciãos Kagwahiva e também por seus parentes isolados. Durante a década de 1970 este território foi atravessado pela Rodovia Transamazônica e pelo decorrente crescimento de atividades ilegais de exploração de recursos, que envolveram o trabalho compulsório de parte de seus habitantes. Os Tenharin resistiram até a demarcação de suas terras em 1988, e resistem ainda aos impactos de terem em meio a suas aldeias uma das maiores rodovias do país. Jiré é um símbolo da força da cultura Tenharin. Importante liderança (in memorian), ele representa a geração de anciãos que viu e sentiu o momento do contato, e congrega a sabedoria ancestral e as recentes transformações que esta nova configuração política assume. Em sua homenagem e de todos os anciãos e anciãs os Tenharin estão construindo um memorial na aldeia Marmelos, que busca não apenas olhar para o passado, mas também ser um ponto de referência para o futuro, através de ações educativas para os jovens, geração de renda e valorização regional da cultura Kagwahiva. Uma comitiva está em São Paulo para uma formação em Museologia no Museu de Arqueologia e Etnologia da USP, e irá apresentar a trajetória do Memorial Jiré e os resultados das trocas transcorridas ao longo da semana, junto à antropóloga Karen Shiratori (Eco-Amazônia, U. Coimbra), à museóloga Viviane Wermelinger (MAE-USP) e à arqueóloga Laura Furquim (MAE-USP), parceiras do projeto.

Início:
Período: 20-10-2022 até 21-10-2022
IFCS - Largo São Francisco de Paula

20/10

09:00 - 12:00 | Uma etnologia indígena pelas fontes documentais
Elisa Fruhauf Garcia - UFF
Marta Rosa Amoroso - USP
Maria Regina Celestino de Almeida
Rafael Fernandes Mendes Júnior - LinA/MN/UFRJ

14:00 - 17:00 | Outros modos de fazer saúde: Corpos, cuidados e cosmopolíticas indígenas
Ana Lúcia Pontes - ENSP/FIOCRUZ
Elizabeth Pissolato - UFJF
João Vianna - UFES
Olara Bonilla - UFF
Tainah Leite - LinA/MN/UFRJ

21/10

09:00 - 12:00 | As crises da terra
Bruno Nogueira Guimarães - U St. Andrews | LinA
Geraldo Andrello - UFSCAR
Miranda Zoppi - LinA/MN/UFRJ
Nicole Soares - UFES

14:00 - 17:00 | Imagens indígenas do conhecimento
Carlos Estellina Lins - FIOCRUZ
Joana Miller - UFF
Leonardo Nascimento - LinA/MN/UFRJ
Xadalu Tupã Jekupé - Artista Indígena

Início:
Rua do Anfiteatro, 181, Colmeia - Favo 8

O canto, jãnaha, é a principal forma de expressão musical dos Awa Guajá. A música vocal está presente em muitos momentos da sua vida, sejam eles rituais, mundanos, de celebração ou de luto. As crianças desde cedo brincam de cantar, imitando os adultos que cantam o tempo todo. O canto é também a forma de comunicação dos karawara, os seres que habitam as camadas celestes do cosmos, o iwa. É na viagem ao iwa que se aprende a cantar com os karawara. Uma das ocasiões privilegiadas para se cantar e ouvir os cantos é o ritual no qual os homens awa sobem ao céu, acompanhados dos cantos femininos, e os karawara descem ao chão para cantar e dançar. Preocupados com a transmissão intergeracional dos cantos e o registro de um repertório quase infindável, os Awa Guajá têm experimentado se apresentar fora das aldeias para que mais pessoas os conheçam e fortalecer o canto entre os Awa mais jovens. Nesse evento, um grupo de cantores e cantoras awa das Terras Indígenas Caru e Awa, ambas localizadas na Amazônia Maranhense, irão contar sua história, apresentar alguns desses cantos, falar dos seus significados e da experiência de compartilhá-los com plateias indígenas e não indígenas.

Cantores:
Irakatakua Awa Guajá
Jawawyxa'a Awa Guajá
Piranẽ Awa Guajá
Tamata'ia Awa Guajá
Warixa'a Awa Guajá
Itaxĩa Awa Guajá
Majakatỹa Awa Guajá
Inamexĩa Awa Guajá

Cantoras:
Haxi’ĩa Awa Guajá
Imu'ĩa Awa Guajá

Pesquisadores:
Guilherme Ramos Cardoso (Doutor em Antropologia em Social – Unicamp)
Flávia de Freitas Berto (Doutora em Linguística e Língua Portuguesa – Unesp, professora da U.I.E.E.I. Pape Japoharipa 'Yruhu)