Esta Enciclopédia de Antropologia é, desde o começo, um instrumento de trabalho. Fruto da parceria entre alunos e professores do Departamento de Antropologia da USP, ela nasceu em sala de aula, alimentada por trocas e debates que tiveram lugar no interior dos cursos regulares de pós-graduação. O projeto se ampliou, transbordando os espaços primeiros, ainda que fiel ao espírito que o constituiu; espírito marcado por experimentações e aprendizados recíprocos, que foram definindo, dia a dia, o perfil e os conteúdos da obra. Assim que o nome de batismo (“Enciclopédia”) não deve dar a ilusão de totalidade ou completude. Ao contrário, trata-se de uma obra em permanente constituição, cujos destinos serão traçados em função das pesquisas e reflexões conjuntas de docentes e discentes. Se ela se afasta da ideia de integralidade que marca o projeto enciclopédico em sua origem, guarda dele o caráter de colaboração coletiva, por isso a decisão de manter a designação.
A Enciclopédia de Antropologia é composta por verbetes, assinados, ordenados alfabeticamente, e que se encontram classificados em autor, obra, conceito, correntes, subcampos e instituições. Deliberadamente sintéticos e apresentados em linguagem acessível, os verbetes visam funcionar como guias de orientação, de modo a permitir, a todo e qualquer interessado, o contato com formulações, obras e autores caros à reflexão antropológica. Ferramenta de trabalho e formação para aqueles que assinam os textos, a E A quer atuar também como instrumento de pesquisa e aprendizado para o leitor, que além de poder navegar pelos diferentes textos publicados, tem acesso a uma bibliografia de apoio que o permitirá enveredar por novas searas, se assim o desejar.