O que fazem os cantos?

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sala 24 do Prédio das Ciências Sociais e Filosofia da FFLCH-USP

Com Bruna Franchetto (Museu Nacional/UFRJ) e Majoi Gongora (CEstA/USP)
Mediação: Jaime Mayoruna (PPGAS/USP)

Em marcha pelas ruas das grandes cidades, dançando em festas de aldeias indígenas ou chorando mágoas em um bar sertanejo: a palavra em sua expressão cantada faz da voz um veículo da comunicação entre mundos. Pensando a respeito do poder de transformação e de criação dos cantos em diferente contextos, a Sexta do Mês convida a uma reflexão sobre diferentes aspectos da palavra cantada, seu papel na produção de pessoas e coletivos, sua capacidade de conectar espaços visíveis e invisíveis e suas formas de transmissão através do tempo. Interface entre música e arte verbal, som e sentido, os cantos ganham atenção da Antropologia por meio de um sem número de questões: O que fazem os cantos de um xamã ameríndio e os de um músico imigrante? A quem se canta e como são compostas as palavras e melodias instanciadas por cantadores? Como se aprende a cantar e de que forma repertórios circulam entre diferentes pessoas e gerações? De que maneira cantos são capazes de atravessar e conectar espaços e tempos, transformados ou não pelo uso de tecnologias de registro e difusão? Qual o papel da Antropologia para evidenciar os modos como distintos coletivos dão sentido às artes verbais, às práticas musicais e ao cantar?