SEXTA DO MÊS / Políticas de ações afirmativas para negrxs e indígenas na Antropologia - avanços, desafios e perspectivas

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com Jacqueline Moraes Teixeira (Doutora em Antropologia, USP), Fabiane Medina (Doutoranda em Ciência Política, Unicamp) e Talita Lazarin Dal Bo (Doutora em Antropologia, USP). Mediação da COPAF (PPGAS/USP).

Quarta-feira, 4 de novembro de 2020, 18h  

O racismo atravessa os mais diferentes âmbitos da vida. No mês de abril, a pandemia do novo coronavírus mostrou uma das faces mais nefastas da desigualdade étnico-racial brasileira: pretxs e pardxs têm, respectivamente, 62% e 23% mais chance de morrer de covid-19 do que brancxs na cidade de São Paulo (https://bit.ly/3ek5inW). Os povos indígenas também sofrem com essa desigualdade: seu índice de mortalidade por um milhão de habitantes atinge 855, contra 510 em média no Brasil (https://bit.ly/3cfEh22).

Ao lado desses dados alarmantes sobre saúde pública, há também dados estarrecedores sobre desigualdades étnico-raciais no âmbito da educação, principalmente acadêmica, tema da primeira mesa deste ciclo da Sexta do Mês, realizada em parceria com a COPAF - Comissão Permanente de Ações Afirmativas do PPGAS/USP. Em grande parte por decorrência das políticas de ações afirmativas para ingresso nas universidades públicas, em 2018, xs negrxs passaram a ser a maioria dxs estudantes que compõem a universidade pública -- embora ainda subrepresentados --, e o número de ingressantes indígenas se tornou nove vezes maior (https://bit.ly/2PJCbA9).

Ainda em decorrência das políticas de ações afirmativas, o ingresso de negrxs e indígenas nas pós-graduações também tem aumentado nos últimos anos. Porém, persistem as tentativas de retrocesso -- como a recente revogação, revertida logo em seguida, da portaria do MEC que estipula cotas para negrxs, indígenas e pessoas com deficiência nas pós-graduações (https://bit.ly/38kLnkT). O atual contexto de avanços e desafios torna urgente e necessária a discussão e a defesa das políticas de ações afirmativas, além da criação de novos mecanismos de permanência estudantil. Esta Sexta do Mês pretende lançar um olhar sobre as desigualdades étnico-raciais na academia, em especial aquela sofrida por negrxs e indígenas, e discutirá algumas experiências específicas de políticas de ações afirmativas e de produção acadêmica gerada a partir de epistemologias outras. 

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