Eventos

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Sala 1039 do Prédio das Ciências Sociais - Av. Prof. Luciano Gualberto, 315

O Núcleo de Antropologia Urbana/NAU (hoje LabNAU, laboratório), comemora três décadas de atividades – começou em 1988 – inspirado na iniciativa de duas professoras, Ruth Cardoso e Eunice Durham. Num departamento com base principalmente em autores clássicos, fundamentais para o estudo e pesquisa na área de etnologia indígena (como era tradição, na época) e muito antes da atual discussão sobre gênero e presença feminina na área acadêmica, Ruth e Eunice protagonizaram uma reviravolta: desde a escolha dos temas de estudo como pós-graduandas – não sem divergências com os orientadores – até as linhas de pesquisa de seus próprios orientandos, já como professoras no Departamento de Antropologia da USP.

Uma de suas iniciativas, os “Seminários das segundas-feiras”, que dá título a esta proposta, abriu uma oportunidade aos alunos e alunas de entrar em contato com autores e autoras pouco convencionais na bibliografia dos programas do departamento na época: Louis Althusser, Antonio Gramsci, Saskia Sassen, Jean Lojkine, Michel Foucault, Nicos Poulantzas, Howard Becker e outros, de diferentes orientações e áreas do conhecimento e fora do âmbito da Antropologia clássica.

Essa iniciativa coincide com determinada conjuntura, a “descoberta da periferia” na cidade que, já na década de 1970, teve consequências sociais, políticas e econômicas e incidiu no modo de vida de seus moradores. Deste modo, abriu-se um leque de objetos de pesquisa por parte de seus orientandos e orientandas – e não só de São Paulo. No livro Da Periferia ao centro: trajetórias de pesquisa em Antropologia Urbana (2012) descrevo com detalhes todo esse processo; aqui cabe apenas uma rápida menção, para justificar a presente proposta e o título, que incorpora também a coleção de livros que o LabNAU coordena com diversas editoras. A ideia é retomar o legado desse seminário, abrindo espaço para a leitura e discussão de autores e autoras contemporâneos/as, não necessariamente ligados à área da Antropologia Urbana, para ampliar o panorama às vezes restrito ao recorte dos projetos de pesquisa em andamento. Para tanto, propõe-se um encontro a cada quinze dias (na segunda feira, claro), a cargo de um expositor, tendo indicado com anterioridade um texto (capítulo de livro, artigo, conferência) de ponta, bem polêmico...

Serão oito encontros no primeiro semestre de 2024, alternando entre a apresentação de professores do Departamento já convidados e alunos/as de pós-graduação, de forma a não sobrecarregar e dar tempo para a leitura dos textos indicados. Os seminários serão abertos não só ao corpo docente e discente de nosso Departamento, mas aos integrantes de outros centros universitários que já participam de grupos de pesquisa do LabNAU e a quem mais se interessar. Logo envio o calendário com o título das apresentações e os textos indicados para a leitura prévia. Para este semestre quatro professoras/es se dispuseram a participar e a ideia é que o seminário prossiga, de forma que cada colega, na continuação, possa apresentar o estado atual das reflexões e pesquisas em suas respectivas áreas.

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Sala 24 do Prédio das Ciências Sociais - Av. Prof. Luciano Gualberto, 315

Em Tecnologia do Oprimido, David Nemer baseia-se em uma extensa etnografia para fornecer um rico relato de como os moradores da favela apropriam diferentes tecnologias para navegar por fontes digitais e não digitais de opressão - e até mesmo, às vezes, prosperar. Com base no trabalho do educador Paulo Freire, Nemer elabora um quadro teórico decolonial e interseccional chamado Tecnologia Mundana para analisar como as tecnologias podem ser simultaneamente espaços de opressão e ferramentas na luta pela liberdade. Nemer também aborda a relação da desinformação com a radicalização e a ascensão da nova extrema direita. Ao contrário da crença tecno otimista de que a tecnologia salvará os pobres, mesmo com acesso à tecnologia, essas pessoas marginalizadas enfrentam inúmeras fontes de opressão, incluindo preconceitos tecnológicos, racismo, classismo, sexismo e censura. Ainda assim, o espírito de comunidade, amor, resiliência e resistência dos moradores da favela possibilitam sua busca pela liberdade.

Mini Bio:
David Nemer é professor nos departamentos de Estudos de Mídia e Antropologia e diretor do programa de Estudos Latino-Americanos da Universidade da Virgínia. Ele também é professor associado ao Berkman Klein Center for Internet and Society da Universidade de Harvard. Nemer é autor dos livros Tecnologia do Oprimido (Milfontes, 2021 & MIT Press, 2022), vencedor do Prêmio Marcel Roche, e Favela Digital: O outro lado da tecnologia (Editora GSA, 2013). Ele possui mestrados em Antropologia pela Universidade da Virgínia e em Ciência da Computação pela Universidade do Sarre (Alemanha), e Ph.D. em Computação, Cultura e Sociedade pela Universidade de Indiana. Nemer escreve para The Guardian, El País, The Huffington Post (HuffPost), Salon, The Intercept_, UOL e CartaCapital.

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Período: 05-03-2024 até 19-03-2024
Sala 24 do Prédio das Ciências Sociais - Av. Prof. Luciano Gualberto, 315

Bem-vindes! A Comissão Permanente de Ações Afirmativas (COPAF), a representação discente e a coordenação do PPGAS organizaram algumas atividades para vocês se informarem sobre os diferentes processos que acompanham a vida universitária de pós-graduandes em Antropologia da USP. Tivemos que antecipar algumas atividades antes do previsto inicialmente. A sua presença é muito importante!

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Sala 1039 do Prédio das Ciências Sociais - Av. Prof. Luciano Gualberto, 315
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Sede do CEstA - Rua do Anfiteatro 181, Colmeia - favo 8

Formação político-educacional e movimentos indígenas: reflexões desde os povos Kaiowa e Guarani

Com
Eliel Benites (Ministério dos Povos Indígenas)
Kerexu Mirim (EEI Krukutu)
Levi Marques Pereira (UFGD)
Mediação
Augusto Ventura dos Santos (Doutor PPGAS/USP)

27/02/2024, às 10h
Sede do CEstA - Rua do Anfiteatro 181, Colmeia - favo 8

Faz quase meio século que as primeiras experiências de educação escolar bilíngue e diferenciada começaram a ser desenvolvidas em comunidades indígenas no Brasil. Eram experiências conduzidas por incipientes organizações de apoio aos povos indígenas que se opunham ao modelo assimilacionista e tutelar desenvolvido pelos antigos órgãos indigenistas oficiais.
Paulatinamente, tais experiências foram normatizadas legalmente e sua responsabilidade administrativa foi assumida pelos órgãos estatais de educação (Secretarias Municipais, Secretarias Estaduais, Ministério da Educação etc). Este processo redundou numa expressiva multiplicação e consolidação de experiências de educação escolar indígena por todo o país. Redundou também no fortalecimento projetos educativos dos movimentos indígenas, através da formação de novas e ativas lideranças, tais quais estudantes, professores e pesquisadores indígenas. Por outro lado, os diálogos com os órgãos oficiais apresentam ainda hoje uma série de tensões e desafios para as comunidades: como lidar com as permanentes exigências de padronização e centralização dos sistemas estatais? Em que medida a autonomia política, pedagógica e os conhecimentos indígenas têm sido de fato respeitados?

Realização: Centro de Estudos Ameríndios (CEstA/USP) e Ação Saberes Indígenas na Escola (Núcleo Guarani/USP)

Início:
Rua do Anfiteatro, 181 - favo 10, Cidade Universitária, São Paulo - SP

Palestra de encerramento das atividades do CEstA 2023 com Maria Luísa Lucas (MAE/USP) e Leandro Varison (Museé du quai Branly - Jacques Chirac)

Coleções compartilhadas: os acervos franco-brasileiros de Claude e Dina Lévi-Strauss

15/12/2023 - 14h30
Sede do CEstA - Rua do Anfiteatro, 181 - favo 8

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Sala 24 do Prédio das Ciências Sociais - Av. Prof. Luciano Gualberto, 315

Sexta do Mês: Intelectualidades Negras

08/12
17h
Sala 24 do Prédio de Ciências Sociais da USP
Transmissão via Youtube.

Convidadas(o):
Fernanda Martins (Doutoranda em Ciências Sociais/UNICAMP, Pesquisadora da PAGU/UNICAMP e NUMAS/USP
Layne Gabriele (Graduanda IEAL/UNICAMP, Educadora Popular, Pesquisadora e Comunicadora
Victor Mateus Duarte (Mestre em Filosofia UFABC e Especialista em Filosofia Contemporânea IBF

Mediação:
Alessandra Tavares (Doutoranda PPGAS/USP)

Evidenciar as intelectualidades negras permite repensar as fraturas de nossa sociedade, levando em consideração todo seu contexto sócio-histórico, bem como, promove também uma reviravolta nos registros históricos oficiais da humanidade e suas instituições. Essa perspectiva engendra uma construção de produção do conhecimento contra-hegemônica, pautada na luta contra o racismo e as desigualdades sociorraciais nos diversos seguimentos e áreas do conhecimento. As intelectualidades negras, tais como propomos aqui, enfatiza justamente, a pluralidade de vozes, corpos e pensamentos de pessoas cuja centralidade recai na vivência enquanto sujeitos plurais. Trajetórias que se fazem em coletivo, na sagacidade de movimentos que ultrapassa o universo acadêmico. Ainda que boa parte das instituições perpetuem uma prática racista, as intelectualidades negras e suas referências e inspirações, modulam transformações significativas nas subjetividades e fincam no cerne da “Constituição Moderna” a arte e a política de resistir. Desse modo a Sexta do Mês de Dezembro propõe uma mesa para refletir sobre a produção intelectual de pessoas negras a partir de suas próprias trajetórias e processos de pesquisas e/ou atuações profissionais, trazendo para a roda questões de gênero, experiências de pessoas negras periféricas, o agenciamento das religiosidades e a fundação de uma piscopatologia preta, em uma conversa interseccional e interdisciplinar. Com a força das mais velhas, enfatizamos a fala da grande intelectual Lélia Gonzales que enuncia a provocação “O lixo vai falar, e numa boa!”

Início:
Rua do Anfiteatro, 181 - favo 10, Cidade Universitária, São Paulo - SP

Hêmba é um fotolivro composto por mais de 80 imagens produzidas pelo fotógrafo indígena e antropólogo Edgar Kanaykô Xakriabá ao longo da sua trajetória. Edgar Xakriabá é fotógrafo e antropólogo e pertence à Aldeia de São João das Missões, no norte do estado de Minas Gerais. O título Hêmba, na língua Akwẽ, remete a “alma e espírito” e a sua tradução alude à concepção de “fotografia e imagem”.

Aguardamos você!

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Sala 26 do Prédio das Ciências Sociais - Av. Prof. Luciano Gualberto, 315

Nós, da Comissão Permanente de Ações Afirmativas (CoPAF), temos o prazer de convidar a todes alunes e professores do PPGAS para participarem da Reunião Aberta CoPAF, evento cujo principal objetivo é compartilhar ações e perspectivas futuras da COPAF e promover a integração entre o corpo docente e discente (especialmente aquelas pessoas que acreditam nas políticas de ações afirmativas e acessaram nosso programa como cotista).

Temos consciência do esforço e engajamento necessários que é participar das mais variadas atividades acadêmicas, mas queremos ressaltar que este encontro é uma oportunidade para nos conhecermos melhor e para compartilharmos nossas experiências e pesquisas.

Aguardamos ansiosamente a todes!
Qualquer dúvida ou sugestão basta entrar em contato conosco.
Tragam comes e bebes!

Quando: Sexta-feira, 24 de novembro de 2023
Horário: 18h
Local: Prédio da Filosofia e Ciências Sociais (FFLCH), sala 26

Comissão Permanente de Ações Afirmativas - CoPAF

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Sala 24 do Prédio das Ciências Sociais - Av. Prof. Luciano Gualberto, 315