Eventos

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Sala 24, prédio de Filosofia e Ciências Sociais - USP

Michel Agier, antropólogo e pesquisador-docente da École des Hautes Études en Sciences Sociales (EHESS), vai proferir conferência cujo enfoque, sobre os refugiados e migrantes africanos na Europa, se baseia em pesquisas de longo prazo. Será em 7/11/2022, segunda-feira, às 17h30, na sala 24 do prédio da Filosofia e Ciências Sociais (evento promovido pelo GEAC-USP).

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Auditório do LISA - Laboratório de Imagem e Som em Antropologia

Propomos discutir quatro teses que acompanhem o discurso e as práticas indígenas, a partir de sua fuga no uso das ideias de terra e território, de parentesco e direito/s, de comunidade e povo. Ao fazê-lo procuramos também observar seus reflexos sobre o “universal antropológico” da propriedade, no que ele concerne às relações entre as pessoas e entre as pessoas e as coisas, mas também em relação à Propriedade como um esquematismo (quase?) universal que organiza a relação entre ideias, conceitos e seus objetos e instanciações.

Andressa Lewandowski (Unilab)
Marcela Coelho de Souza (UnB)
Marcos de Almeida Matos (Pós-doc DA/UFAC)

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Auditório do LISA - Laboratório de Imagem e Som em Antropologia

O Projeto Temático "O musicar local: novas trilhas para a etnomusicologia" e o PAM - Pesquisas em Antropologia Musical convidam para o evento RODAS DO MUSICAR:

Sessão 2: "Filmando o musicar translocal"

Projeção e discussão dos filmes WOYA HAYI MAWE - PARA ONDE VAIS? e AFRO-SAMPAS, com os diretores Jasper Chalcraft e Rose Satiko Gitirana Hikiji. Os filmes receberam prêmios Pierre Verger (2020 e 2022) e Anpocs (2020 e 2021).

27/10/2022
9h às 13h
Auditório do LISA-USP
Rua do Anfiteatro, 181 - Colmeia, favo 10

Sessão 3:
"O musicar local no jornalismo de Mário de Andrade e Fernando Lopes-Graça"
"Reconstruindo espaços (mais) seguros no underground de Berlim"

Com a presença de Guilhermina Lopes, pós-doutoranda IEB-USP, e Gibran Teixeira, pós-doutorando Antropologia-USP.

27/10/2022
14h30 às 17h30
Auditório do LISA-USP e transmissão online
https://meet.google.com/meu-wesz-tmq

Início:
Período: 24-10-2022 até 26-10-2022
Prédio de Filosofia e Ciências Sociais da USP - Sala 8

Desde o aparecimento das primeiras organizações indígenas na América do Sul tropical nos anos 1970, um processo de ritmo exponencial conduziu os ameríndios a uma participação intensa na política nacional tanto no âmbito não-governamental como nos canais oficiais dos países em que se encontram. O aparecimento desta forma de política não significou, entretanto, o desaparecimento das formas do político ameríndias que continuaram evoluindo tanto em paralelo como em relação à nova política. Se, na política ameríndia, a delegação de poder é bem mais excepcional, na outra política se delega quase sempre um poder ao dirigente que atua como porta-voz de seus representados. Esta forma do político se pode chamar de “representativa”, enquanto a que evita a delegação de poder poderia ser qualificada pelo neologismo “presentativa”. Este seminário pretende observar mais de perto os momentos em que essas formas se manifestam.

Organização: Alexandre Surrallés (Coordenador do projeto ANR – AMAZ), Renato Sztutman, Adriana Testa, Marcio Silva (Equipe USP/CEstA/PPGAS/AMAZ).
Apoio: LISA/USP

Programação do Seminário

Mesa 1: 24/10 2ª feira – tarde (das 14h30 às 17h00)
Abertura 
Ama-zomia ou afetividade contra o Estado - Alexandre Surrallés
Estado Plurinacional e Representação Política Indígena – Mauricio Terena
Vínculos de representação e presentação entre os Enawene-Nawe - Marcio Silva

Mesa 2: 25/10 3ª feira – manhã (das 10h00 às 13h00) - 
Políticas da consideração e “presentação” - José Antonio Kelly & Marcos de Almeida Matos
Entrecruzando política representativa e participativa: o protagonismo indígena em processos de democratização no Brasil e na América Latina – Luís Roberto de Paula
Representar a la comunidad nativa en la Amazonia peruana - Magda Helena Dziubinska
Hacer acto de ausencia. La representatividad bajo tensión dentro del Gobierno Territorial Autónomo de la Nación Wampis (Perù, Aent Chicham) -  Paul Codjia

Mesa 3: 25/10 3ª feira – tarde (das 14h30 às 17h00)
Mbojoapyva: Lideranças kaiowá na Reserva de Amambai, MS – Celuniel Aquino Valiente
Políticas entre os Kaiowá e Guarani no MS: oscilações e conexões entre a política indígena -teko joja e a política não indígena -karai política – Levi Marques Pereira
Política e Mborayvu (Generosidade) – Lucas Keese e Tiago Honório
A Política como Metáfora e Metonímia:  Representação e Presentação nas Redes de Circulação Guarani Mbya –  Adriana Queiroz Testa 

Mesa 4: 26/10 4ª feira – manhã (das 10h00 às 13h00)
O gênero da política: transformações do xamanismo e da chefia no Alto Xingu – Antonio Guerreiro
Tomar as palavras – política entre as mulheres guarani e kaiowá – Lauriene Seraguza
Cultivando a política: uma conversa com o povo Runa de Sarayaku – Marina Ghirotto
Indigenização da política institucional Brasileira: notas sobre candidaturas de mulheres indígenas na eleição de 2022 – Renato Sztutman e Karen Shiratori
Candidatura a deputada estadual em São Paulo – Chirley Pankarara

Mesa 5: 26/10 4ª feira – tarde (das 14h30 às 17h00)
Um nome de chefe: política e onomástica entre os Aweti – Marina Vanzolini Figueiredo 
Diplomáticos visionarios. Las subjetivaciones políticas jíbaro en el bajo Marañón (Amazonía peruana) – Thomas Mouriès
Sem canto não há festa, sem canto não há luta: reflexões a partir dos kanhgág tỹnh – Paola Andrade Gibram
“Autoridad que vale, reparte”. Reflexiones sobre la política representativa urarina a partir de los modelos locales de circulación de carne cruda. –  Emanuele Fabiano
Encerramento

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Rua do Anfiteatro, 181, Colmeia - Favo 10

Aproximações Guarani Mbya ao Distanciamento Durante e Além da Pandemia - uma experiência de pesquisa colaborativa
Resumo: A vulnerabilidade dos viventes e o imperativo de compor-se com outros tornaram-se pungentes na pandemia, bem como o distanciamento e outras tecnologias relacionais. Compartilharei aprendizados com interlocutoras/es do povo Guarani Mbya nos estados de São Paulo e Rio Grande do Sul sobre essas questões que os atravessam desde tempos primordiais, mas intensificaram-se a partir da colonização, culminando nas adversidades políticas, sanitárias e ambientais durante a pandemia de Covid. O presente estudo é parte de uma pesquisa colaborativa envolvendo pesquisadores indígenas e não-indígenas, bem como interlocutores de diversas comunidades que compartilharam reflexões e experiências sobre como e a quem a pandemia provoca e convoca.
21/10/2022 - 14h30 - Auditório do LISA
Rua do Anfiteatro, 181 - Colmeia, favo 10

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Online - Via Google Meets

Textos para leitura prévia (preferencialmente nessa ordem)
1) Código de Ética do antropólogo e da antropóloga (criado na Gestão 1986/1988 e alterado na gestão 2011/2012) - https://www.portal.abant.org.br/codigo-de-etica/
2) Resolução nº 510, de 07 de abril de 2016 - http://conselho.saude.gov.br/resolucoes/2016/Reso510.pdf
3) GUERRIERO, Iara Coelho Zito. A aprovação da Resolução CNS nº 510/2016 é um avanço para a ciência brasileira. Saúde Soc. 28 (4) 09 Dez 2019 Oct-Dec 2019 - https://pesquisa.fflch.usp.br/sites/pesquisa.fflch.usp.br/files/inline-files/Guerriero_1_2019.pdf
 
Textos de apoio (também preferencialmente  nessa ordem)
a) FONSECA, Claudia. Situando os comitês de ética em pesquisa: o sistema CEP (Brasil) em perspectiva. Horizontes Antropológicos, Porto Alegre, ano 21, n. 44, p. 333-369, jul./dez. 2015 - https://pesquisa.fflch.usp.br/sites/pesquisa.fflch.usp.br/files/inline-files/Fonseca_2015_Etica_0.pdf
b) DUARTE, Luiz Fernando Dias. Práticas de poder, política científica e as ciências humanas e sociais: o caso da regulação da ética em pesquisa no Brasil. História Oral, v. 17, n. 2, p. 9-29, jul./dez. 2014 - https://pesquisa.fflch.usp.br/sites/pesquisa.fflch.usp.br/files/inline-files/Duarte_2017_praxis_educativa.pdf 
 
Obs: na página do CEP-FFLCH - https://pesquisa.fflch.usp.br/textos-cep - há outras referências bibliográficas.

Link para a reunião no Google Meets: https://meet.google.com/ycg-bnxo-kuy

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46º Encontro Anual da ANPOCS

Sob a coordenação da Profa. Dra. Helena Sampaio (Unicamp, ex-NUPPs), haverá uma mesa na ANPOCS no próximo dia 19/10 às 9h30 em "HOMENAGEM A EUNICE DURHAM". Participam também do encontro os professores doutores José Álvaro Moisés e Simon Schwartzman, (ambos ex-diretores do NUPPs), Yvonne Maggie (antropóloga e amiga) e Antônio Augusto Arantes (UNICAMP e ex-orientando dela).

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Período: 07-10-2022 até 28-10-2022
Canal do PPGAS-USP

Rodas de conversas

Sextas-feiras de outubro - 17:00

Canal do PPGAS/USP no Youtube

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Rua do Anfiteatro, 181, Colmeia - Favo 10

Multiplicar até o excesso?
Dinâmicas rituais pankararu, Pernambuco e São Paulo
Resumo: O objetivo desta fala é analisar a expansão ritual, o aumento não só das ocorrências mas também das formas. Baseia-se em pesquisa realizada junto com os Índios Pankararu, tanto na aldeia Brejo dos Padres (PE) quanto na cidade de São Paulo. Este aumento exprime-se de duas formas distintas e complementares, que se alimentam mutuamente: por um lado, iniciou-se há várias décadas um aumento gradual e contínuo; por outro lado, o mês de janeiro é palco de uma bolha ritual efêmera na aldeia, na qual muitos rituais acontecem às vezes ao mesmo tempo. Veremos como os Pankararu lidam com esse fenômeno, em especial ao tematizar o excesso, e quais podem ser suas consequências.

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Rua do Anfiteatro, 181, Colmeia - Favo 10

Do luto à luta: lições a partir do Nordeste indígena
Resumo: Transformar o luto (ou a morte) em motor de luta (ou de vida) não é algo novo para os grupos indígenas. Ao longo dos últimos quatro anos, e diante dos inúmeros atos criminosos – e de um número ainda hoje incerto de mortes, dada as subnotificações na pandemia, por exemplo, mas também do que estamos chamando de morte -, fomos convocados por lideranças indígenas de diferentes lugares do país a reconhecer esse fato; a reconhecer que o processo de extermínio empregado como política de Estado pelo atual governo brasileiro não difere em natureza do que esses grupos vêm enfrentando, em alguns casos, há mais de 500 anos. Nessa comunicação tomo como ponto de partida essa convocatória e estabeleço uma aliança com a experiência passada dos Xukuru do Ororubá – cuja principal liderança foi assassinado em 1998, ao longo do processo de luta pela terra, e teve o seu corpo plantado na terra, para que dele nasçam novos guerreiros –, que é também a de tantos outros grupos no Nordeste indígena, de retomadas, de vida e morte pela terra, de vida e morte com a terra, para refletir em que medida o reconhecimento da natureza comum com o que estamos vivendo no presente passa também pelo reconhecimento disso que Marisol de la Cadena chama de natureza incomum, em um caso e no outro, dos limites estabelecidos para o que é considerado o que é ser vivo e, consequentemente, dos limites para o que é entendido como genocídio.