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Sala 08 do Prédio das Ciências Sociais Av. Prof. Luciano Gualberto, 315

Palestra com TRUDRUÁ DORRICO (pós-doutoranda/UFRR)
Letras de Makunaimã: o tronco da Literatura Indígena Makuxi

Debatedor: Tiago Nhandewa (doutorando/PPGAS/USP)

Trudruá Dorrico pertence ao povo Macuxi. Doutora em Teoria da Literatura na PUCRS. Mestre em Estudos Literários e licenciada em Letras Português pela UNIR. É poeta, escritora, palestrante, pesquisadora de literatura indígena. Venceu em 1º lugar o concurso Tamoios/FNLIJ/UKA de Novos Escritores Indígenas em 2019. Administradora do perfil @leiamulheresindigenas no Instagram e do canal no YouTube Literatura Indígena Contemporânea. Curadora da I Mostra de Literatura Indígena no Museu do Índio (UFU). Autora da obra “Eu sou Macuxi e outras histórias” (Caos e Letras, 2019). Curadora do FeCCI - I Festival De Cinema Indígena, Brasília (2022). Atualmente está no programa de pós-doutorado pela Universidade Federal de Roraima, UFRR, em literatura indígena contemporânea: narrativas do povo Makuxi, 2023. Recém finalizou a residência artística no Cité Internationale des Arts (Paris, 2023).

05/06/2023, 14h
Sala 08 do Prédio das Ciências Sociais
Av. Prof. Luciano Gualberto, 315
https://youtube.com/live/RGV87YCIVYg

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Rua da Reitoria, 374 - Cidade Universitária

Dia 2 de junho, às 14 horas, a Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP realizará a cerimônia de diplomação do título de Professor Emérito a Kabengele Munanga, docente do Departamento de Antropologia. O evento será realizado na Sala do Conselho Universitário.

Nascido na República Democrática do Congo, o professor Kabengele Munanga é brasileiro por naturalização desde 1985. Iniciou sua carreira acadêmica como Professor Assistente na Universidade Oficial do Congo, onde atuou de 1969 a 1975, e começou seus estudos de pós-graduação com uma bolsa de estudos recebida do governo belga, na Universidade Católica de Louvain, onde permaneceu de 1969 a 1971. Nesse período, foi pesquisador no Museu Real da África Central em Tervuren, em Bruxelas, e se especializou em estudo das artes africanas tradicionais. Em razão da ditadura militar instalada em seu país, Munanga precisou voltar antes de concluir seu doutorado.
Em 1977, concluiu seu doutorado em Ciências Humanas, na área de Antropologia Social, com bolsa concedida pela USP. Intitulada Os Basanga de Shaba, Um Grupo Etnico do Zaire, Ensaio de Antropologia Geral, sua tese de doutorado foi publicada em 1986 pela FFLCH-USP.

Munanga se tornou professor na FFLCH em 1980, onde lecionou até 2012, tendo como foco principal as áreas de Antropologia da África e da População Afro-brasileira. Na USP, foi Diretor do Museu de Arqueologia e Etnologia, entre 1983 e 1989; Vice-Diretor do Museu de Arte Contemporânea, entre 2002 e 2006; Diretor do Centro de Estudos Africanos, entre 2006 e 2010; e atualmente é professor sênior no Centro de Estudos Africanos da FFLCH. A Faculdade reconhece Kabengele Munanga por sua excepcionalidade em todos os campos em que atuou na universidade, que se estendem desde a docência na graduação e na pós-graduação, até a formação de pesquisadores, condução de pesquisas, publicações, atividades de cultura e gestão tanto acadêmica quanto institucional.

Também foi professor na Universidade de Montreal, no Canadá, entre 2005 e 2010, professor visitante na Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, na Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, na Universidade Federal do Rio Grande do Norte, na Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo, na Universidade Cândido Mendes, na Escola de Sociologia e Política de São Paulo, na Universidade Eduardo Mondlane, em Moçambique e no Centro de Estudos Afro Asiáticos.

Autor de numerosas publicações, que somam mais de 150 entre livros, capítulos de livros e artigos científicos, Munanga tem como legado a contribuição de uma vida versando sobre temas como racismo, políticas e discursos antirracistas, negritude, identidade negra versus identidade nacional, multiculturalismo e educação das relações étnico-raciais. O livro de sua organização Superando o Racismo na Escola, publicado em 1999 pelo Ministério da Educação, foi o primeiro a introduzir a questão racial nos temas transversais dos Parâmetros Curriculares Nacionais.
“Kabengele Munanga teve sua vida marcada pela luta contra a opressão racial e pela conquista de direitos dos negros no Brasil. Sua atuação, num país em que o racismo estrutural nos envergonha até hoje, merece destaque”, enfatiza o professor doutor Heitor Frúgoli Júnior, Chefe do Departamento de Antropologia.

Em 2012, Kabengele foi homenageado pela Associação dos Docentes da Universidade da USP (ADUSP) por sua contribuição à superação das desigualdades raciais no Brasil. Recebeu inúmeros prêmios e títulos honoríficos, entre os quais: a Comenda da Ordem do Mérito Cultural, pela Presidência da República Federativa do Brasil; Grau de Oficial da Ordem do Rio Branco do Ministério das Relações Exteriores, Palácio do Itamaraty; o Prêmio Benedito Galvão, da Ordem dos Advogados do Estado de São Paulo; o Troféu Raça Negra, pelo Afro-Brás e Faculdade Zumbi dos Palmares; Homenagem como Decano em Estudos Antropológicos, pelo Departamento de Antropologia da USP; Homenagem da Associação dos Docentes da Universidade de São Paulo, ADUSP; Prêmio de Direitos Humanos USP/2017. Além disso, em setembro de 2016 recebeu o título de cidadania baiana pela Assembleia Legislativa do Estado da Bahia e, mais recentemente, a Medalha Roquette Pinto, outorgada pela Associação Brasileira de Antropologia.

O evento de outorga ocorre dia 2 de junho, às 14 horas, na Sala do Conselho Universitário, na Rua da Reitoria, 374, Cidade Universitária, São Paulo.

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Sala 24 do Prédio das Ciências Sociais - Av. Prof. Luciano Gualberto, 315

Compondo a mesa: Prof.Dr. José Guilherme Cantor Magnani e Prof.Dr. Giancarlo Machado e como debatedora Jéssica Andrade.

Realização - Laboratório do Núcleo de Antropologia Urbana da USP e Núcleo Citadino - Núcleo Interdisciplinar de Temáticas Urbanas (Universidade Estadual de Montes Claros/Unimontes)

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Período: 25-05-2023 até 26-05-2023
Sala 1039 do Prédio das Ciências Sociais - Av. Prof. Luciano Gualberto, 315
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Rua do Anfiteatro, 181 - favo 10, Cidade Universitária, São Paulo - SP

Sexta-feira, dia 19 de maio de 2023, às 14h30
LISA - Laboratório de Imagem e Som em Antropologia - FFLCH/USP
Rua do Anfiteatro, 181 - favo 10, Cidade Universitária, São Paulo - SP

Depois de chegar ao mar, e adentrar a dimensão litorânea do mundo, entendi que toda paisagem é uma paisagem fantasma. Há marcas no chão, ainda que frágeis e temporárias, marcas que desaparecem na próxima subida da maré. Quantos mortos habitam o mundo dos vivos, ruas e estradas, o horizonte onde agora se agitam as asas de um pássaro? Percorri as mais diversas paisagens em busca do que nelas faltava, carregando a pergunta: o que resta? Hoje encontro algas e corais, mas sigo com os fantasmas. Pesquisar é mover-se e fazer mover o mundo inteiro. A viagem continua, fazendo-se de restos, restos escavados e remontados, reorientando de forma permanente a sua própria narrativa.

Carolina Junqueira dos Santos é doutora e mestre em Artes pela Escola de Belas Artes da UFMG. Realizou seu pós-doutorado no Departamento de Antropologia da USP, com estágio na EHESS, em Paris. Realizou diversas pesquisas de campo em busca das marcas e inscrições dos mortos nas paisagens e o vínculo com os vivos. Investiga sobretudo imagens e práticas de memória, entre fotografias, monumentos aos mortos, produções artísticas e literárias em torno do luto. Sua tese doutoral, sobre fotografias de família em contexto de luto, ganhou o Prêmio Capes de Tese de 2016. Em 2020, publicou o website . Instagram <@corpo.lacuna>.

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Sala 14 do Prédio das Ciências Sociais - Av. Prof. Luciano Gualberto, 315

Abertura:
Laura Moutinho (Numas e PPGAS/USP)
 
Apresentações:

Ari Vera Morales (Almas Cautivas - México)
Anna Operman (Studio AH - Brasil)
Marcio Zamboni (Numas-USP/ EASA)
 
Mediação: Hailey Kaas (Centro de pesquisa Transfeminista/ USP)


Organização: NUMAS/USP e PPGAS/USP
Tradução simultânea: Gibran Teixeira Braga (Numas e PAM/USP)
Apoio: Almas Cautivas AC (México)
Anthropology of Confinement EASA Network
Centro de pesquisa Transfeminista
Coletivo Xica Manicongo
Corpas Trans USP
Studio AH
 
Descrição:
Nos últimos anos, as pessoas LGBT+ privadas de liberdade têm se consolidado como sujeitos de direitos em diversos contextos latinoamericanos – fenômeno analisado por um crescente número de pesquisadores. Apesar de alguns importantes avanços no âmbito legal e institucional, os desafios enfrentados por essa população são imensos, tendo sido agravados no contexto da pandemia de COVID 19.
Neste evento, contamos com a presença da reconhecida ativista mexicana Ari Vera Morales, presidente da Associação Civil Almas Cautivas, para a realização de um debate sobre esse tema de grande relevância política e social. Participam também pesquisadores do tema e representantes de projetos que atuam com a reintegração de pessoas trans que passaram pelo cárcere. A proposta é pensar não apenas na experiência da prisão, mas também em formas de combate à criminalização dessas vidas e de prevenção da reincidência.
 
A Corpas Trans USP vai auxiliar na logística de transporte entre o local do evento e o metrô Butantã, garantindo a segurança dos corpos dissidentes que participarem do evento. Entrar em contato com @ma.andoyiki para mais detalhes
 

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PALESTRA COM ADALBERTO MÜLLER
A COSMOPOÉTICA GUARANI MBYA: (RE)TRADUZINDO O AYVU RAPYTA

Debatedora: Anai Vera (doutoranda PPGAS/FFLCH/USP)

02/05/2023, 14h
Sala 14 do Prédio das Ciências Sociais
Av. Prof. Luciano Gualberto, 315

https://www.youtube.com/watch?v=EggSifaVxYg

Após uma imersão no estudo das de algumas línguas da família Tupi-Guarani (particularmente do Mbyá, do Guarani e do Kaiowá), proponho uma retradução rítmica e anotada do Ayvu Rapyta, além de um estudo sobre a sua cosmopoética. Ao falar de cosmopoética, entendo que se trata de uma cosmologia (ou cosmogonia) em que o aspecto poético engendra algo que parece ir muito além da “mitologia”. Observando a língua na qual se assenta o Ayvu Rapyrta – língua de dificílima tradução – nota-se que se organiza como uma forma genuína de pensar os vários mundos em que habitamos. Nesta palestra, pretendo discutir alguns conceitos fundamentais do Ayvu Rapyta, como linguagem/alma (ayvu/ñe’ẽ), amor (mborayu), ritmo (mba’e a’ã), e o bem viver (teko porã).

Adalberto Müller é Professor Associado de Teoria da Literatura da Universidade Federal Fluminense, escritor e tradutor. Como tradutor, publicou, entre outros, a edição crítica e anotada da Poesia Completa de Emily Dickinson (Editora da UnB/ Editora Unicamp) e Partido das coisas, de Francis Ponge (Iluminuras 2022). Como ficcionista, publicou os livros de contos O traço do calígrafo (Medusa, 2019), e Pequena filosofia do voo (Editora 7Letras, 2022). Como Cientista do Nosso Estado da FAPERJ, desenvolve atualmente o projeto de pesquisa “Ombojera: desdobramentos Tupi-Guarani na literatura brasileira”, dedicando-se às cosmologias Guarani Mbyá e Kaiowá.

 

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Sala 24 do Prédio das Ciências Sociais - Av. Prof. Luciano Gualberto, 315
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Sala 24, prédio de Filosofia e Ciências Sociais - USP

Referências principais

FAGUNDES, Guilherme Moura. 2019. “ Pirotécnicas, piropolíticas e suas dinâmicas vitais” (pp. 54-71) e “Antes era manejo do gado, agora é manejo do fogo” (pp. 379-405). In: Fogos gerais: transformações tecnopolíticas na conservação do Cerrado (Jalapão-TO). Tese de doutorado. Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da Universidade de Brasília

_____. 2017. Outro Fogo. Filme etnográfico. 21 min.

 

Referências complementares

EMPERAIRE, Laure. 2005. “A biodiversidade agrícola na Amazônia brasileira: recurso e patrimônio”. In: Patrimônio Imaterial e Biodiversidade. Número especial da Revista do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, n 32: 31-43.

FERDINAND, Malcom. 2022. Uma ecologia decolonial: pensar a partir do mundo caribenho. São Paulo: Editora UBU.

FERRET, Carole. 2014. “Towards an anthropology of action: From pastoral techniques to modes of action.” Journal of Material Culture, Vol. 19(3), p. 279–302 

HAUDRICOURT, André-Georges. 2013 [1962]. “Domesticação de animais, cultivo de plantas e tratamento do outro” Série Tradução n. 7, PPGAS/DAN.

HUI, Yuk. 2017. Cosmotécnica como cosmopolítica. In: Tecnodiversidade. São Paulo: UBU.

PYNE, Stephen J. 2021. The Pyrocene: How We Created an Age of Fire, and What Happens Next. California: University of California Press

PITROU, Perig. 2014. “La vie, un objet pour l'anthropologie? Options méthodologiques et problèmes épistémologiques”. L'Homme (n° 212), pp. 159-189

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VII Conferência Nimuendaju, com João Paulo Lima Barreto (UFAM) - Duhkewehtise e Sutiwehtise: Os modos de transformação do corpo.