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Evento Hybris "Sobre experiências e modos de existência da lei no serviço público", com Ciméa Bevilaqua (UFPR). Dia 17/12, às 16h. Entrar em contato pelo email antropologiahybris@gmail.com para acesso ao link da reunião.

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com Prof. Jean-Christophe Goddard (Universidade de Toulouse Jean Jaurès).
Entrar em contato pelo email antropologiahybris@gmail.com para acesso ao link.
*O palestrante fará sua exposição em francês, sem tradução simultânea.

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Período: 22-11-2021 até 10-12-2021
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Via Zoom - bit.ly/napedra

No Youtube - https://www.youtube.com/channel/UCcmmeOVL_9x0NvUivBOf6Yg

Programação Completa

Em 2001, a partir da iniciativa dos participantes de uma disciplina optativa do PPGAS/ USP, interessados em explorar uma série de questões além do âmbito disciplinar, surge o Napedra. A disciplina se chamava Paradigmas do teatro na antropologia. Decidimos aprofundar nossos estudos nas interfaces de antropologia e performance, alternando estudos de textos relevantes à antropologia da performance com experiência em campo de eventos performáticos.

Coordenado por John C. Dawsey, o Napedra surge do encontro de antropólogos em busca de conhecimentos produzidos nas oficinas de arte, com artistas em busca dos saberes associados ao ofício dos antropólogos. Trata-se do primeiro núcleo de pesquisa em antropologia e performance no Brasil.

Sismologia da performance. O Núcleo de Antropologia, Performance e Drama (Napedra), cuja sigla evoca uma imagem geológica, nasce dos ecos de um movimento sismológico no próprio campo da antropologia. Nele ressoam os sons e ruídos de uma “virada performativa” na antropologia, que se inicia nos anos 1970, envolvendo um número significativo de pesquisadores.

Entre as artes e as ciências, o conceito de performance adquire formas variadas, cambiantes e híbridas. Há algo de não resolvido neste conceito que resiste às formulações definitivas e delimitações disciplinares. A partir de diferentes campos do saber e expressão artística – teatro, música, artes performativas, antropologia, sociologia, psicanálise, linguística, estudos decoloniais, feminismo, teoria queer – formula-se o conceito de performance.

O Napedra tem sido pioneiro em estudos de performance na antropologia brasileira. Organizou eventos que marcam o campo da antropologia da performance, tais como o Encontro Internacional de Antropologia e Performance – EIAP (2011), o I Encontro Nacional de Antropologia e Performance – ENAP (2010), e os Encontros com Richard Schechner (2013). Propôs os primeiros fóruns de pesquisa e grupos de trabalho em estudos de performance da Associação Brasileira de Antropologia (ABANNE 2003; RBA 2004, 2006, 2012) e da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais (ANPOCS 2005, 2006, 2007). Organizou fóruns de pesquisa e grupos de trabalho no Primeiro Congresso Latinoamericano de Antropologia (ALA 2005) e Reuniões de Antropologia do Mercosul (RAM 2005, 2009). Em 2009, realizou o Colóquio do Napedra: Sons, Ruídos e Poéticas da Performance. De 2008 a 2013, desenvolveu o projeto temático Antropologia da Performance: Drama, Estética e Ritual (Fapesp 06/53006-2), período em que se destaca a participação de Regina Pólo Müller, como uma pesquisadora principal. Do projeto resultaram 22 livros, 81 artigos, 82 capítulos de livros, e 102 apresentações internacionais. Criou vínculos com NYU, Université Paris 8, EHESS, IUL-CRIA, UBA e outros centros de estudos de performance. Publicou as coletâneas Antropologia e performance: ensaios Napedra (Terceiro Nome, 2013), Antropologia e performance (dossiê da Revista de Antropologia, 2013) e Sismologia da performance: palcos, tempos e f(r)icções (dossiê da Revista Cultures-Kairós, 2016). De 2014 a 2020, organizou os eventos Napedra em performance: criações 1 a 11. E, agora, em 2021, Sismologia da performance: Napedra 20 Anos.

Novos grupos e programas de pesquisa foram criados por membros do Napedra, contribuindo para a formação de um campo. Em destaque, o Núcleo de Antropologia do Direito (NADIR), na USP, por Ana Lúcia Pastore Schritzmeyer; o Núcleo de Antropologia da Imagem e Performance (NAIP), na UNESP, por Edgar Teodoro da Cunha; o Grupo Ritual, Festa e Performance, na UFS, por Euf rázia Cristina Menezes Santos; o Grupo Antropologia em Contextos Islâmicos e Árabes (GRACIAS), na USP, por Francirosy Campos Barbosa; o grupo de pesquisa MOTIM – Mito, Rito e Cartografias Feministas nas Artes, na UERJ, por Luciana de Fátima Rocha Pereira de Lyra; o Grupo Terreiro de Investigações Cênicas: Teatro, Brincadeiras, Rituais e Vadiagens, na UNESP-SP, por Marianna F. M. Monteiro; o grupo Poéticas do Corpo, na UnB, por Rita de Cássia de Almeida Castro; o Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Performances Culturais da UFG, por Robson Corrêa de Camargo; o grupo de Pesquisas em Antropologia da Música (PAM), na USP, por Rose Satiko Gitirana Hikiji; e o Núcleo de Estudos sobre Performance, Patrimônio e Mediações Culturais (NEPPAMCs) da UFMG, por Rubens Alves da Silva.

Em 1977, desponta no universo da antropologia um dos centros gravitacionais, ou remoinhos, de um campo emergente. Victor Turner, um antropólogo em busca de saberes das artes da performance encontra-se com Richard Schechner, um diretor de teatro que, na sua relação com Turner, torna-se aprendiz da antropologia. Trata-se, na experiência do Napedra, de um ponto luminoso que serve de referência para uma das constelações de estudos de performance. Isso, num universo em expansão e descentrado.

Novos horizontes se abrem. Ganham força no Napedra estudos de filmes, imagens, performances narrativas, corpos em cena, teoria queer, necropolítica, cartografias feministas, etnografias à deriva, performances decoloniais, estudos amefricanos, perspectivismo ameríndio, antropoceno, afrofuturismo. Desde a sua criação, chama atenção as aproximações de pesquisadores do Napedra com o pensamento de Walter Benjamin, ensaiando possíveis antropologias benjaminianas. Também merece atenção a aproximação do Napedra, desde 2007, com o Núcleo de Artes Afro-Brasileiras e com Luiz Antonio Nascimento Cardoso, o Mestre Pinguim, que, ao longo de mais de duas décadas, atua num dos espaços mais significativos de performance e criação de saber na USP.

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Evento Hybris, com Luiza Dias Flores (doutora em Antropologia e professora de Antropologia na UFAM).
Entrar em contato pelo email antropologiahybris@gmail.com para acesso ao link de transmissão.

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Período: 01-11-2021 até 30-11-2021
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Celebrando 30 anos de criação do Laboratório de Imagem e Som em Antropologia (LISA) do Departamento de Antropologia da Universidade de São Paulo, durante o mês de novembro de 2021 o GRAVI - Grupo de Antropologia Visual - realiza o evento Entre mundos: filmes etnográficos, colaborativos e cinemas indígenas em diálogo.

O evento é composto de três rodas de conversa e uma mostra de filmes produzidos no âmbito das pesquisas antropológicas com o apoio do LISA e distintas produções da América do Sul, as quais expressam trabalhos feitos por, sobre e com os povos indígenas.  

1. Circulações de cinemas indígenas, que reúne produtores, diretores e coletivos indígenas que tratam dos desafios que permeiam os filmes indígenas, sobretudo no âmbito de sua circulação; 

2. Produções e processos colaborativos, que destaca os distintos fazeres fílmicos partilhados no âmbito das formações de realizadores indígenas; 

3. Filmes Etnográficos: pesquisa e formação, que aborda a produção fílmica sobre os povos indígenas realizada no âmbito da investigação acadêmica com foco na relação entre a universidade e os povos indígenas.

Cada programa da mostra conta com uma roda de conversa da qual fazem parte diretoras e diretores oriundos de coletivos indígenas, instituições e universidades, além de um pesquisador do GRAVI que investiga temas afins.

PROGRAMA DA MOSTRA DE FILMES:

ATENÇÃO: Os filmes estarão abertos entre 1 e 30/11/21

Programa 1 - Circulações de Cinemas Indígenas
Programa 2 - Produções e Processos Colaborativos
Programa 3 - Filmes Etnográficos: pesquisa e formação

PROGRAMA DAS RODAS DE CONVERSA

Abertura: Paula Morgado (LISA/USP)

05/11/21, 17h00
Circulações de Cinemas Indígenas

https://youtu.be/B9Qk1ylr_Gk

Mediação: Ana Lúcia Ferraz (Antropóloga e realizadora/GRAVI/USP)

  • David Hernández Palmar (Realizador Wayuu, curador e coordenador da Clacpi – Coordinadora Latinoamericana de Cine y Comunicación de los Publos Indígenas) 
  • Patricia Yallico - (Realizadora quechua equatoriana – ACAPANA - Asociación de Creadores del Cine y el Audiovisual de Pueblos y Nacionalidades)
  • Alberto Alvares Tuparay (Realizador guarani, mestrando em cinema UFF)
  • Ivan Molina (Realizador quéchua boliviano, Escuela de Cine y Artes Audiovisuales de La Paz)

12/11/21, 17h00
Produções e Processos Colaborativos

https://youtu.be/RrcPRDMPlXs

Mediação: Nadja Marin (Antropóloga e realizadora, GRAVI/USP)

  • Iván Sanjinés (Cineasta, CEFREC - Centro de Formación y Realización Cinematográfica/ Sist. Plurinacional Comunicación Indígena Originario Campesino Intercultural)
  • Mari Corrêa (Cineasta, Instituto Catitu)
  • Takumã Kuikuro (Realizador, Coletivo Kuikuro de Cinema)
  • Tipuici Manoki e André Lopes (PPGAS/USP e Coletivo Ijã Mytyli) 

19/11/21, 17h00
Filmes Etnográficos: pesquisa e formação

https://youtu.be/jooNPTkGKeI

Mediação: Renato Sztutman (Antropólogo/USP)

  • Ana Lúcia Ferraz (Antropóloga e realizadora/UFF)
  • Dominique Tilkin Gallois (Antropóloga/USP)
  • Faye Ginsburg (Antropóloga/NYU)
  • Mauricio José Godoy Paredes (Cineasta/PUCP)
  • Ruben Caixeta Queiroz (Antropólogo e realizador/UFMG)

Encerramento: Sylvia Caiuby Novaes (Coordenadora do GRAVI e LISA)

CONVIDADOS

Alberto Alvares Tuparay é cineasta guarani. Fez a Graduação em Licenciatura Intercultural para Educadores Indígenas, pela Faculdade de Educação da Universidade Federal de Minas Gerais e atualmente e atualmente cursa o mestrado no Programa de Pós-Graduação em Cinema e Audiovisual na Universidade Federal Fluminense – PPGCINE. Atua como professor de audiovisual na formação de cineastas indígenas em diferentes projetos. Realizou o filme "O último sonho" (60 minutos, 2019), e o curta-metragem Ayvu Ypy – Origem da Língua (2020), entre vários outros.
Ana Lúcia Ferraz é professora da Universidade Federal Fluminense (UFF) e colabora com o Mestrado em Antropologia Visual da FLACSO - Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais. Mestre em Antropologia (USP, 1998), doutora em Sociologia (USP, 2005) e realizadora de uma série de filmes etnográficos. Atua hoje entre os campos da Antropologia Visual e da Etnologia guarani. Pesquisadora do Grupo de Antropologia Visual (GRAVI/USP), Núcleo de Antropologia, Performance e Drama (NAPEDRA/USP), Núcleo de Antropologia, Ritos e Sociabilidades Urbanas (NARUA/UFF) e Cosmologias e Visualidade (FLACSO).
André Lopes é doutorando em Antropologia Social pela USP e mestre pela mesma instituição. Pesquisa, trabalha e convive com os povos Manoki e Myky de Mato Grosso desde 2008, atuando como antropólogo, documentarista e formador de realizadores indígenas. É o cofundador do coletivo Ijã Mytyli de cinema Manoki e Myky e participou da formação de realizadores indígenas entre diversos povos, como Wayana, Aparai, Wajãpi, Tiryó e Guarani. Em 2019 foi pesquisador visitante da New York University e desde então tem colaborado com instituições internacionais de cinema indígena, como Wapikoni Mobile e Clacpi.
Cesar Ivan Sanjinés Saavedra é comunicador, cineasta, produtor audiovisual e documentarista nascido em La Paz, Bolívia. Especialista em comunicação intercultural e mídia comunitária indígena. Seu trabalho nos últimos 25 anos está vinculado a experiências de capacitação e transferência de tecnologias de comunicação e vídeo com diferentes povos indígenas da Bolívia e da América Latina. É o principal fundador e atual diretor do CEFREC (Fundação para o Desenvolvimento da Comunicação Intercultural), entidade que vem atuando no âmbito do Sistema Plurinacional de Comunicação Intercultural Camponesa Indígena, uma ampla iniciativa de formação, produção e difusão do comunicação audiovisual e comunicacional indígena original. 
David Hernández Palmar, do povo Wayuu, IIPUANA, Venezuela, é cineasta, curador independente e programador de filmes com reconhecida experiência na região da América Latina. É também fotógrafo, jornalista, pesquisador e produtor de diversas obras audiovisuais que retrataram o mundo Wayuu. Co-dirigiu filmes como: “Owners of The Water”, “Wounmainkat”. Estudou Jornalismo na Universidad Rafael Belloso Chacín e Fotografia na Escuela Julio Vengoechea em Maracaibo, Venezuela. Foi pesquisador convidado no Departamento de Antropologia da Universidade de Iowa e é membro dos conselhos consultivos do PeruVine/PeruDigital, do Laboratório Digital de Etnografia da University of Central Florida e da International Ethnobotanical Association.
Dominique Tilkin Gallois é professora colaboradora senior do Departamento de Antropologia da Universidade de São Paulo e pesquisadora do Centro de Estudos Ameríndios - CEstA. Tem experiência em Etnologia e História Indígena, atuando principalmente nos seguintes temas: tradições orais e cosmologias ameríndias, políticas indígenas, patrimônio cultural e conhecimento tradicional. Desenvolve atividades de assessoria direta às comunidades indígenas no Amapá e norte do Pará, colaborando com órgãos públicos e organizações não governamentais em programas de formação indígena
Faye Ginsburg é professora de Antropologia da cadeira David B. Kriser na Universidade de Nova Iorque, criou e fundou o Centro de Mídia, Cultura e História (Center for Media, Culture and History) desde a sua criação em 1993. Ela se dedicou durante anos ao estudo de imagens produzidas por diferentes grupos nativos, trazendo à luz inúmeras questões interculturais envolvidas na apropriação de mídias. Seus temas de pesquisa incluem filme etnográfico, etnografia da mídia, mídia indígena, estudoso de deficiência, políticas da reprodução entre outros.
Ivan Molina Velasquez é originário do nação quéchua. Estudou Sociologia em La Paz e cinema na EICTV de Cuba. Realizou dezenas de documentários desde 1989 abarcando temas em defesa dos direitos humanos de jovens, mulheres, povos indígenas e nações indígenas; é membro ativo da La Paz Film School documentários,. Dedica-se à formação em cinema e audiovisual, a partir de uma metodologia de descolonização e combate às linguagens hegemônicas. Fundador e membro ativo da ASCURI (Associação Cultural dos Cineastas Indígenas) do Brasil. 
Mari Corrêa é cineasta e coordenadora do Instituto Catitu, fundado em 2009. Além de editora e diretora, realiza a formação audiovisual para povos indígenas. Vários de seus filmes receberam prêmios em colaboração com distintos grupos indígenas.
Mauricio Godoy Paredes é professor, pesquisador do Departamento Acadêmico de Comunicação (PUCP), mestre em Antropologia Visual (MAV), membro do Grupo de Pesquisa em Antropologia Visual – (GIAV) e cineasta. Atuou em contextos interdisciplinares e colaborativos, integrando áreas do audiovisual, antropologia e artes performativas. Sua pesquisa gira em torno de temas como cinema pós-moderno, arquivo audiovisual, memória e violência política no cinema latino-americano. Publicou o primeiro livro sobre o documentário peruano “180º gira mi cámara”. Foi diretor do laboratório TransLab, membro da Associação Docuperu e tem participado da produção de seminários acadêmicos e oficinas de treinamento. Atualmente cursa o doutorado em antropologia e está em pré-produção de seu terceiro longa-metragem “Buenos días, wiracochas”.
Nadja Marin é antropóloga e documentarista. Doutora em Antropologia Social pela FFLCH-USP (2017) e Mestre em Artes (Master of Arts) pela Universidade de Manchester (2008). Pesquisadora do Grupo de Antropologia Visual da USP com experiência na realização de filmes e ensino do audiovisual junto a comunidades indígenas diversas. Coprodutora do videogame Huni Kuin: Beya Xina Bena (Novos Tempos).
Patricia Yallico Y. é comunicadora, formadora, gestora cultural e cineasta. Nasceu em Guaranda, uma pequena cidade da região andina equatoriana. Pertence ao povo Waranka da etnia quéchua. Patricia estudou direção de Arte Audiovisual na Universidade Nacional do Centro da Província de Buenos Aires (UNICEN), Argentina e obteve o título de Produção e Performance Tecnológica no Instituto de Cinema e Atuação (INCINE), Equador. É membra do movimento indígena equatoriano, Confederação dos Povos da Nacionalidade Kichwa do Equador (ECUARUNARI), faz parte da Corporação de Produtores Audiovisuais das Nacionalidades e Povos do Equador (CORPANP) e atualmente faz parte da diretoria da Associação de Criadores de Cinema e Audiovisual de Povos e Nacionalidades (ACAPANA). Dirigiu, produziu e escreveu várias obras cinematográficas ficcionais, documentais e experimentais. 
Paula Morgado é mestre e doutora em Antropologia pela Universidade de São Paulo. É documentalista do Laboratório de Imagem e Som em Antropologia do Depto. de Antropologia da Universidade de São Paulo onde é curadora dos acervos audiovisuais e organização de eventos e seminários. É membro do Grupo de Antropologia Visual e coordenadora editorial da GIS - Gesto, Imagem, Som. Revista de Antropologia, da mesma instituição. Suas pesquisas mais recentes abordam os seguintes aspectos das sociedades indígenas: autorrepresentação, internet, cinema e fotografia.
Renato Sztutman é professor do Departamento de Antropologia da USP, atual coordenador do Centro de Estudos Ameríndios - CEstA/USP. Mestre (2000) e doutor (2005) em Antropologia Social pela Universidade de São Paulo. É pesquisador do do Grupo de Antropologia Visual (GRAVI) e autor do livro O profeta e o principal: a ação política ameríndia e seus personagens (Edusp, Fapesp, 2012).
Ruben Caixeta é professor titular de antropologia da UFMG. Fez mestrado em Antropologia Social pela UNICAMP (1991) e doutorado em Letras e Ciências Humanas pela Universidade Paris-Ouest Nanterre la Défense (1998). Co-fundador e co-organizador do Forumdoc (Festival do Filme Documentário e Etnográfico de Belo Horizonte), evento que acontece anualmente desde 1997. Faz pesquisa junto ao povo waiwai (um grupo karib guianense) desde 1994. Seus principais temas de pesquisa e de publicação são: filme etnográfico, cinema colaborativo, cinema indígena e etnologia na Amazônia.
Takumã Kuikuro é cineasta, membro da aldeia indígena kuikuro e atualmente vive na aleia Ipatse, no Parque Indígena do Xingu. Dirigiu o documentário As hiper mulheres (2011); seus filmes já foram premiados no Festival de Cinema de Brasília, no Présence Autochtone de Terres em Vues, em Montréal (2017), prêmio honorário Bolsista da Queen Mary University London e foi o primeiro jurado indígena do festival de Cinema Brasileiro de Brasília. Faz parte do Coletivo Kuikuro de Cinema, criado em 2002.
Tipuici Manoki mora na aldeia Treze de Maio, na T.I. Irantxe, em Brasnorte-MT. Graduada em Ciências Sociais pela UFMT e atualmente cursando mestrado em Antropologia Social na Universidade de São Paulo. Sua pesquisa, desde a graduação, é sobre a importância da mulher no processo político e ritual do povo Manoki. Começou a trabalhar nas filmagens em 2009 e em virtude dos estudos parou por alguns anos, voltando a produzir em 2019. Criou o coletivo Ijã Mytyli de Cine Manoki e Myky, com apoio do qual dirigiu e produziu dois documentários.​​​​​​​
​​​​​​​Sylvia Caiuby Novaes é professora Titular no Departamento de Antropologia da Universidade de São Paulo, onde coordena o LISA - Laboratório de Imagem e Som em Antropologia e o GRAVI – Grupo de Antropologia Visual. É pesquisadora do CEstA – Centro de Estudos Ameríndios e editora responsável da GIS – Gesto Imagem e Som, Revista de Antropologia. Coordenou três projetos temáticos financiados pela FAPESP e tem um quarto projeto em vigência: Fotografias e Trajetórias. Seus interesses voltam-se para a etnologia e a antropologia visual, com ênfase na fotografia numa perspectiva antropológica.

Ficha Técnica​​​​​​​​​​​​​​

Realização
GRAVI – Grupo de Antropologia Visual (USP)

Produção
LISA - Laboratório de Imagem e Som em Antropologia (USP)​​​​​​​
Departamento de Antropologia​​​​​​​

Apoio
PRCEU - Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária da USP
Seção Técnica de Informática/FFLCH (USP)
Setor Audiovisual/FFLCH (USP)

Equipe

Curadoria
Ana Lúcia Ferraz (UFF, GRAVI)
André Lopes (PPGAS, GRAVI/USP)
Paula Morgado (LISA/GRAVI)

Produção
Isabel Wittmann (PPGAS)
Paula Morgado (LISA)
Ricardo Dionisio Fernandes (LISA) ​​​​​​​

Divulgação
Maria Luiza Mahara (bolsista do PUB)

Agradecimentos
ACAPANA - Asociación de Creadores del Cine y el Audiovisual de Pueblos y Nacionalidades
ASCURI - Associação Cultural de Realizadores Indígenas
CLACPI - Coordinadora Latinoamericana de Cine y Comunicación de los Pueblos Indígenas
CEFREC - Centro de Formación y Realización Cinematográfica
Escuela de Cine Amazónico
Imolivis
Instituto Catitu
Sacha Manchi
Vídeo nas Aldeias​​​​​​​

Em especial:
Cesar Ivan Sanjinés Saavedra
David Hernández Palmar
Fernando Valdívia
Ivan Molina​​​​​​​
​​​​​​​Simone Giovine Mingugu

E a todos os realizadores.

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O Núcleo de Estudos sobre Marcadores Sociais da Diferença (NUMAS/USP) apresenta:

Da luta por direitos aos agenciamentos cotidianos: sujeitos LGBTQIA+ na África do Sul e no Brasil

Silvia Aguião (AFRO/CEBRAP e CLAM/UERJ)

Susan Holland-Muter (University of the Western Cape)

Debate: Suely Messeder (UNEB)

Mediação: Alessandra Tavares (PPGAS/USP)

Tradução: Phillip Leite and Thais Tiriba (PPGAS/USP)​​​​​​​​​​​​​​

 

Sexta-feira, dia 08 de outubro de 2021

10:00 (Brasília)

15:00 (África do Sul) 

Link para inscrição: https://us06web.zoom.us/meeting/register/tZckf-ivrjoqEt1ifySDWku-L6-Dr0kRV4Ru

ORGANIZAÇÃO: Thais Tiriba (PPGAS/USP) e Laura Moutinho (PPGAS/USP)

PRODUÇÃO: Carolina Parreiras (NUMAS/USP) e Milena Mateuzi (PPGAS/USP)

APOIO: Comitê Estudos Africanos – Associação Brasileira de Antropologia (CEA-ABA) 

Construindo espaços de pertencimento: lésbicas queer na Cidade do Cabo

Susan Holland-Muter

 Resumo: Duas narrativas dominantes e contrastantes caracterizam o discurso público sobre as sexualidades queer em Cape Town. Por um lado, a cidade é apontada como a capital gay da África do Sul, um lugar que promete oportunidades, bem-estar e pertencimento. Por outro lado, Cape Town também é conhecida por ser uma cidade de fortes contrastes racializados, com a experiência queer materializada em locais de (in)segurança racializada, zonas de prazer e perigo em uma lente bifurcada de zonas ricas/township, segurança e perigo. Esta apresentação explorará narrativas das vidas cotidianas de mulheres queer e lésbicas em Cape Town. Entrevistas com lésbicas do meu estudo de doutorado serão exploradas por meio de suas contra-narrativas, que revelam como elas ativamente "tornam" Cape Town um lar a partir de dentro e em relação às heteronormatividades racializadas e de classe. O navegar pelo espaço de todo dia/noite em Cape Town revela o modo lésbico específico e centrado de ocupar e habitar a cidade. Seus mundos de vida queer se sobrepõem, complementam e contradizem os 'Pink Maps' oficiais da cidade e retrabalham o significado da representação de Cape Town como a capital gay da África do Sul. Estes acinzentam o binário racializado de segurança e perigo territorial e produzem modos de construções lésbicas de lar, notadamente os modos de lesbianismo incorporado; homonormatividade e fronteiras. Essas contra-narrativas revelam mundos de vida queer lésbicas que são efêmeros, contingentes e fraturados, tornando conhecidas narrativas híbridas, contrastantes e alternativas da cidade.

Susan Holland-Muter é doutora em Humanidades pelo Departamento de Sociologia da University of Cape Town na África do Sul. Ela vem participando ativamente de movimentos sociais de mulheres e pessoas LGBTI na África do Sul e na Colômbia, e trabalhando como pesquisadora, professora e defensora de políticas públicas nas áreas de políticas de gênero e sexualidade. Suas publicações incluem um foco na maternidade lésbica, famílias e parentesco queer, bem como na política das espacialidades lésbicas na vida cotidiana. Ela é autora de Outside of the Safety Zone: An agenda for research on violence against lesbian and gender non-conforming women in South Africa. Atualmente leciona no Departamento de Sociologia da University of the Western Cape.

 Notas sobre uma trajetória de pesquisas em sexualidade, gênero, raça e políticas de governo no Brasil

Silvia Aguião

Resumo: A apresentação expõe alguns elementos etnográficos de pesquisas realizadas entre 2003 e 2016, a respeito da constituição do campo dos direitos “LGBT” e da “promoção da igualdade de gênero e raça” no plano governamental brasileiro. O objetivo é refletir sobre a relação entre as questões de pesquisa, o contexto sociopolítico do período e as perspectivas teórico-metodológicas adotadas nas investigações.

 Silvia Aguião possui doutorado em Ciências Sociais pela Universidade Estadual de Campinas, mestrado em Saúde Coletiva pelo Instituto de Medicina Social/ UERJ e graduação em Ciências Sociais pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Realizou estágios pós-doutorais no Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (CEBRAP) e no Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Universidade Federal do Maranhão (PPGPI/UFMA). Atualmente é pesquisadora associada do AFRO - Núcleo de Pesquisa e Formação em Raça, Gênero e Justiça Racial (AFRO/CEBRAP) e do Centro Latino-Americano em Sexualidade e Direitos Humanos (CLAM/UERJ). Atua e realiza pesquisas nas áreas de sexualidade, gênero e raça em suas interfaces com sociabilidade, políticas e direitos, movimentos sociais e processos de Estado. É editora de Sexualidad, Salud y Sociedad - Revista Latinoamericana e autora do livro Fazer-se no Estado. Uma etnografia sobre o processo de constituição dos 'LGBT' como sujeitos de direitos no Brasil contemporâneo (Eduerj, 2018). 

Suely Messeder - debatedora

Suely Messeder possui graduação em Ciências Sociais pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), mestrado pelo Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais pela UFBA e doutorado em Antropologia pela Universidade Santiago de Compostela, validado no Brasil pelo Programa de Pós-Graduação em Antropologia - UFBA. É professora titular da Universidade do Estado da Bahia - UNEB. Foi coordenadora do Doutorado Multi-institucional e Multidisciplinar em Difusão do Conhecimento e professora permanente do Programa de Pós-Graduação em Crítica Cultural do Campus II - Alagoinhas. É coordenadora do Grupo de Pesquisa Enlace e foi primeira secretaria da ABEH (Associação Brasileira de Estudos de Homocultura) no decorrer da gestão de 2010-2012. Foi gestora do termo de Cooperação Técnica entre o Ministério Público e a Universidade do Estado da Bahia. Atualmente é Membro da Câmara Básica de Assessoramento e Avaliação Técnica da FAPESB. Seus interesses em ensino, pesquisa e extensão estão nas áreas de sexualidades, masculinidades, relações de gênero, corpo, relações étnico-raciais, gestão e difusão do conhecimento, empreendedorismo social, tecnologia social e baianidade.

Início:
Período: 30-09-2021 até 01-10-2021
Canal do PPGAS/USP no YouTube

LINK PARA A PROGRAMAÇÃO COMPLETA EM PDF ​​​​​​​

Segue abaixo a programação completa transcrita com os links para as mesas:

Programação 30/09

Das 10h às 12h

Abertura: Laura Moutinho (PPGA/USP)
                Ana Paula Hey (PPGS/ USP)

Mesa de abertura

Coordenação: Jacqueline Moraes Teixeira (CEM/ COPAF/ NUMAS/ USP)
                        Amanda Amparo (PPGAS/ COPAF/ USP)
                        Marcia Lima(PPGS/ USP)
                        Antônio Sérgio Guimarães (PPGS/ USP)

Link: https://www.youtube.com/watch?v=s10a0068yWQ

Das 14h30 às 16h30

Mesa 1: Indígenas na pós-graduação

Coordenação: Diego Madi Dias (Faculdade de Saúde Pública/ USP)
                        Fabiane Medina da Cruz (UNICAMP)
                        Talita Lazarin DalBo (Comitê Interaldeias)
                        Emerson Oliveira (PPGAS/ USP)

Debatedora: Wanda Ortega Witoto (MEIAM/ UEA - Parque das Tribos/ Manaus)

Link:  https://www.youtube.com/watch?v=LxNCa5ioCAg

Das 18 às 20h

Mesa 2: As pessoas Trans nas políticas de Ações Afirmativas na pós-graduação

Coordenação: Silvana Nascimento (PPGAS/ USP)
                        Brume Dezembro Iazetti (Erasmus Mundus Joint Masters)
                        Sayonara Nogueira (Diretora - IBTE)

Debatedora: Gabrielle Weber (Engenharia ambiental/ USP)

Link: https://www.youtube.com/watch?v=h3c8EQPhQ8Y

 

Programação 01/10​​​​​​​

Das 10h às 12h30

Mesa 3: As relações raciais no campo das ações afirmativas

Coordenação: Juliana Costa (USP/ Mulheres)
                        Andrea Lopes (UniRio)
                        Regimeire Maciel (UFABC)
                        Anna Venturini (Cebrap/ USP)
                          

Debatedor: Jocélio Santos (UFBA)

Link: https://www.youtube.com/watch?v=PeqwZxVI-5M

Das 14h30 às 16h

Mesa 4: As pessoas com deficiência nas políticas de Ações Afirmativas na pós-graduação

Coordenação: Shirley Silva (FE/ USP)
                        Valéria Aydos(UFRGS)
                        Anahi Guedes de Mello (UFSC/ Anis-Instituto de Bioética)
                        Luciana Viégas (Vidas Negras com Deficiência Importam/ Revista Autismo)

Debatedor: Pedro Lopes (Escola da Cidade e NUMAS/ USP)

Link: https://www.youtube.com/watch?v=9onJQYyaThY​​​​​​​

Das 17h às 19h

Mesa 5: Comissões de Heteroclassificação: pesquisas e experiências

Coordenação: Adriana Alves (Instituto de Geociências/ USP)
                        Ana Paula Miranda (UFF)
                        Rodrigo Ednilson (UFMG)
                        Paulo Neves (UFABC)

Debatedor: Acácio Almeida (UFABC)

Link: https://www.youtube.com/watch?v=VFWqOaBRvss

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Evento remoto: Youtube

Live de lançamento do Volume 6 da GIS - Gesto, Imagem e Som - Revista de Antropologia com a participação da editora do volume, Francirosy Barbosa, as organizadoras do dossiê Musicar Local, Erica Giesbrecht, Rose Satiko Hijiki e Vi Grunvald, e os autores Suzel Ana Reily (Unicamp) e Jean dos Anjos (LAI/UFC).

Transmissão ao vivo: https://youtu.be/1wzefwSrLNI

O volume 6 da GIS conta com artigos, ensaios, traduções, resenhas, além da seção In Memoriam e Achados na Rede.

Contribuíram no vol. 6: Alexsânder Nakaóka Elias, Alice Nin, Alice Villela, Amanda Ravetz, Ana Carolina Brindarolli, Anna Flávia Guimarães Hartmann, Anna Grimshaw, Andre Castro Soares, André GoldFeder, Arthur Silva Barbosa, Brenno Brandalise Demarchi, Clarice E. Peixoto, Cristina de Branco, Ellis Regina Sanchez Hermoza, Érica Giesbrecht, Felipe Neis Araujo, Fernando de Tacca, Gibran Teixeira Braga, Jaqueline Gomes, Jean Souza dos Anjos, Julia Couto Mota, Juan Pablo Estupiñán, Kelen Pessuto, Luís Felipe Hirano, Luiz Ricardo Basso Ballestero, Luiz Henrique Campos Pereira, Luiza Fernandes Coelho, Marcelo Artioli Schellini, María Eugenia Domínguez, Mariana Santos Teófilo, Meno Del Picchia, Michael Taussig, Noelle Rodrigues Ventura, Paula Pagliari de Braud, Raquel Mendonça Martins, Renan Moretti Bertho, Riccardo Putti, Roderick Peter Steel, Rogério Gonçalves de Carvalho, Rose Satiko Gitirana Hikiji, Soraya Fleischer, Silvia Citro, Suzel Ana Reily, Sylvia Caiuby Novaes, Tatiana Lotierzo, Tayná Corrêa de Sá, Vi Grunvald.

Convidamos a navegar no sumário da revista para acessar os itens de seu interesse. Acesse https://www.revistas.usp.br/gis

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A partir de duas experiências de pesquisa acerca dos comércios e comerciantes da zona do Chiado, em Lisboa, e do Bonfim, no Porto, Portugal, pretende-se discutir como as noções de tradição e identidade são mobilizadas estrategicamente, de diferentes maneiras, pelos projetos de marketing de cidade do poder público e pelos comerciantes, engendrando ambivalências e negociações. Propõe-se pensar esses conceitos enquanto construções locais a partir do contexto da globalização.
Daphne Assis Cordeiro - Doutora em Antropologia pela UFF
Priscilla Santos - Mestre em Sociologia pela FLUP (Porto)
Mediação:
Luís Vicente Baptista - Docente da Universidade Nova de Lisboa
Data: 16/09/2021
Horário: 11h (Brasil), 15h (Portugal), https://www.youtube.com/watch?v=_jINT5deazA

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PPGAS/USP convida a todos e todas para a aula inaugural com o título "Na guerra dos homens, o que querem as mulheres?"

 

A aula estará disponível no link do youtube, no dia 15 de setembro, ás 17h30.