Eventos

O Grupo de Estudos "Antropologia da Pós-Verdade, dos Negacionismos e das Formações Conspiratórias" visa analisar e discutir, sob uma perspectiva antropológica, os fenômenos da pós-verdade, do negacionismo e das teorias da conspiração.

Tema do encontro
Etnografias contemporâneas sobre a feitiçaria e as suas ressonâncias na literatura sobre a pós-verdade

O grupo discutirá os seguintes textos:

• FIGUEIREDO, Daniel de Jesus. O que os negacionismos negam? Gestão do oculto e produção da verdade a partir de uma etnografia da política no norte de Moçambique. Anuário Antropológico, v. 48, n. 2, p. 82-101, 2023.
  https://doi.org/10.4000/aa.11090

• BONHOMME, Julien. The dangers of anonymity: Witchcraft, rumor, and modernity in Africa. HAU: Journal of Ethnographic Theory, v. 2, n. 2, p. 205-233, 2012.
  https://doi.org/10.14318/hau2.2.012

Data: 31 de outubro de 2024
Horário: 17h às 18:45
Local: Prédio das Ciências Sociais, sala 26A
Endereço: Avenida Professor Luciano Gualberto, 315, Cidade Universitária

Público-alvo
O grupo é aberto para toda a comunidade universitária.

Inscrições
As inscrições podem ser feitas pelo email: almeida.rafaelantunes@gmail.com

Mediação:
Rafael Antunes Almeida
Pós-doutorando no Departamento de Antropologia (USP)
Professor da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (UNILAB)

Em “Filosofia da Casa”, Emanuele nos conduz, através de uma narrativa íntima e deliciosa, a vasculhar salas, quartos, cozinhas, banheiros e memórias, apresentando a casa como um lugar de relação com o mundo e com nós mesmos. O livro, que conta com orelha escrita pela antropóloga Júlia de Sá Earp e ilustrações de Luiz Zerbini, desdobra a experiência de Metamorfoses (Dantes, 2021) propondo, desta vez, adentrar os casulos para, enfim, ressignificá-los.
Professores responsáveis: Renato Sztutman (FLA) e Jean Tible (FLP)

Mediação: Professores Renato Sztutman e Guilherme Fagundes.

A aula aberta antecede o lançamento do livro FILOSOFIA DA CASA, que acontecerá na Casa do Povo, em 26/10. Cf. @_casadopovo.

Encontro com Edilene Coffaci de Lima (UFPR) no CEstA/USP, quinta, 24/10/2024, às 17 horas.

Sobre os Xetá, grupo indígena de língua tupi-guarani oficialmente contatado há pouco mais de 70 anos no noroeste paranaense, há farta documentação: do Serviço de Proteção aos Índios SPI, do Departamento de Antropologia da UFPR, do Museu Paranaense, do Círculo de Estudos Bandeirantes, entre outros arquivos. Irei apresentar como pesquisas vêm sido conduzidas a partir dos registros dessas instituições e de outras ainda a serem prospectadas, como a Ordem Menor dos Frades Capuchinhos, além de Câmaras e Prefeituras de municipalidades que foram erguidas sobre suas terras.

CEstA - Centro de Estudos Ameríndios

Rua do Anfiteatro, 181, Colmeia - Favo 8

Cidade Universitária

Início: sexta-feira, 18 de outubro de 2024, 17h

Local: Sala 14 do Prédio das Ciências Sociais - Av. Prof. Luciano Gualberto, 315

Com alegria a Sexta do Mês convida todes para a mesa temática que ocorrerá no mês de outubro.

No mês em que o genocídio ininterrupto contra a Faixa de Gaza completa um ano, a edição de outubro da Sexta do Mês abre espaço para reflexão acerca das experiências de exílio, deslocamento forçado e agência do povo palestino. À luz da nova obra do antropólogo Leonardo Schiocchet, intitulada “Processos de Pertencimento e Organização Social entre Migrantes Forçados Árabes: Contribuições Teórico-Metodológicas”, publicada em 2024 pela Associação Brasileira de Antropologia (ABA) e a Editora Fi, propomos o exercício de articular conhecimento etnográfico ao cenário político contemporâneo do Oriente Médio. A ocupação colonial da Palestina, iniciada há mais de sete décadas, adentra uma nova fase de violência e despossessão da população árabe-palestina e, longe de encontrar seu fim, expande-se para países como o Líbano, Irã e Iêmen.

A obra de Schiocchet, ao investigar como o exílio molda tanto a identidade quanto às estratégias de sobrevivência dos palestinos, oferece perspectivas teóricas e analíticas para compreender as formas de agência e subjetividade que emergem neste complexo cenário. Dessa maneira, convidamos todes para a Sexta do Mês “Palestina no contexto do colonianismo”, buscando refletir sobre a posição da antropologia em meio ao “primeiro genocídio televisionado da história” e romper com o silêncio e a omissão.

Convidades:

Leonardo Schiocchet (Pesquisador do Instituto para Antropologia Social da Academia Austríaca de Ciências e Pesquisador Associado Sênior e Lecturer do Instituto para Antropologia Social e Cultural da Universidade de Vienna)

Bárbara Caramuru (Professora no Departamento de Antropologia e Arqueologia da Universidade Federal do Paraná)

Helena Manfrinato (Doutora e Mestre pelo Programa de Pós-graduação em Antropologia Social da Universidade de São Paulo - PPGAS/USP)

Mediação: Isabella Aquino (Mestranda do PPGAS/USP)

A mesa é aberta para todos os públicos, então, sintam-se livres para participarem e trazerem colegas.

Haverá transmissão ao vivo pelo canal uspfflch no YouTube: https://www.youtube.com/@uspfflch

O Laboratório Etnográfico de Estudos Tecnológicos e Digitais (LETEC) e o Núcleo de Estudos sobre Marcadores Sociais da Diferença (Numas) convidam para o evento de lançamento e debate do livro "Precisamos falar de consentimento".
O debate será realizado entre as três autoras: Arielle Sagrillo, Beatriz Accioly Lins e Silvia Chakian.
O livro propõe uma discussão mais detida e qualificada sobre o conceito de consentimento, central para diversas situações contemporâneas, e a partir de diferentes perspectivas disciplinares.
O evento acontece no dia 18/10, às 10h, na Sala 8.

Núcleo de Antropologia, Performance e Drama (NAPEDRA/USP)
Núcleo de Artes Afro-Brasileiras da USP 

Evento Híbrido

Link para todas as sessões: https://meet.google.com/huf-vvvo-ckh

Programação

14 de outubro (segunda-feira)
– Programação on-line via Zoom

● Tarde (14h00):
o Boas-vindas da comissão organizadora
John C. Dawsey, Pâmilla Vilas Boas, Fernanda Marcon.
○ Caminho da Canoa: entre espelhos e raízes d'água (roda de conversa)
Carlos Corrêa Praude (UNB) Rita de Almeida Castro (UNB; NAPEDRA/USP) (remoto).
○ Corpos caindo: Um filme, um massacre, uma ciborgue e o tempo espiralar da performance
Scott Head (GESTO/UFSC) (remoto)
○ Na Volta do Mundo (Exibição de Curta,14’12)
Alice Villela (NAPEDRA/USP) (remoto)
○ Andanças de Fé (Exibição de Documentário, 46’)
Carlos Alberto Corrêa Moro (UNICAMP; NAPEDRA/USP) (remoto)

15 de outubro (terça-feira)
– Programação híbrida Zoom e presencial no Miniauditório do LISA/USP

● Manhã (09h00):
○ Medeia depois do Sol: o trauma como performance, a personagem enquanto carranca
Luciana Lyra (UERJ; NAPEDRA/USP) (remoto)
○ Tragédia em performance: reflexões sobre a peça Antígona na Amazônia
Fernanda Marcon (NAPEDRA/USP) (presencial)
○ Risco e restauração: articulando gênero, raça e classe em uma companhia de balé clássico em São Paulo
Carolina Paes de Barros (NAPEDRA/USP) (presencial)

● Tarde (14h00):
○ Minicurso: Juventudes e ativismo político: performances em luta
Fernanda Marcon (NAPEDRA/USP) (presencial)

16 de outubro (quarta-feira)
– Programação presencial Local: Miniauditório do LISA/USP

● Manhã (09h00):
○ Iê! Dá licença aí: a presença, experiência e saberes femininos na capoeiragem (roda de conversa)
Suelen Cristina Marcelino de Campos (FFLCH/USP) (presencial)
○ Capoeira e performance: contribuições e contradições
João Luis Uchoa de Figueiredo Passos (NAPEDRA/USP) (presencial)
○ Öwawé dahoimanadzé - Rio das Mortes vivo (apresentação de filme)
Ana Lúcia Ferraz (UFF; NAPEDRA/USP) (presencial)
○ O processo criativo: encenação como busca de conhecimento a partir do encontro com Dona Mariana, a princesa turca da Amazônia (de 2009 a 2024)
Zeca Ligiero (NEPAA/UNIRIO) - (presencial)

● Tarde (14h00):
○ Minicurso: Juventudes e ativismo político: performances em luta
Fernanda Marcon (NAPEDRA/USP) (presencial)

17 de outubro (quinta-feira)
– Programação presencial
Local: sala 109, prédio de Ciências Sociais da USP ·

Tarde (16h30):

o Seis leituras da peça Mãe Coragem de Brecht.
Apresentações da turma de graduação em Ciências Sociais: FLA 0364 Benjamin, Brecht e Antropologia

18 de outubro (sexta-feira)
- Programação híbrida Zoom e presencial no Miniauditório do LISA/USP

● Manhã (09h00):

○ Pensamento redondo, performance e educação decolonial: experiências de Campus quilombo Minas Novas no Vale do Jequitinhonha
Rubens Silva (NEPPAMCS/UFMG; NAPEDRA/USP) (remoto)
○ Poética do remanso: o eterno retorno da arca de Olímpio Pâmilla Vilas Boas (NAPEDRA/USP) (presencial)
○ Os cancioneiros folclóricos e a poesia popular
Maria Laura Viveiros de Castro Cavalcanti (RISU/UFRJ) (remoto)

● Tarde (14h00):
○ Antropologia e sismologia da performance
John C. Dawsey (NAPEDRA/USP) (presencial)
○ História Noturna de Ceilândia
João Campos (NAPEDRA/USP) (presencial)
○ Antropologia da performance: por uma experiência pedagógica
Luiz Davi Vieira Gonçalves (Tabihuni/UEA) (remoto) ○ Victor Turner da culturetype ao Genotype
Robson Corrêa de Camargo (PPGPC/UFG; NAPEDRA/USP) (remoto)

● Noite (19h00):
○ Festa de encerramento no Núcleo de Artes Afro-Brasileiras da USP Narrativas do Recôncavo Mestre Pinguim, Luiz Antônio Nascimento Cardoso.
Local: Núcleo de Artes Afro-Brasileiras da USP Av. Prof. Lúcio Martins Rodrigues, travessa 5, bloco 28

Habitar queimadas

Segunda-feira 14/10 às 14h - Sala 1037

A comunicação se baseará no modo pelo qual os quilombolas do Jalapão (TO) habitam o ambiente de gerais. Ao invés do estabelecimento de fronteiras estáticas, edificações e posse individualizante, trata-se de um habitar que se expressa através de atividades perambulantes em áreas com distintas temporalidades de regeneração pós-queima. Além de demonstrar como esse habitar amplia nosso entendimento sobre as condições de habitabilidade na época dos grandes incêndios florestais, a apresentação também buscará delinear uma teoria etnográfica da liberdade quilombola. Trata-se, em suma, de uma experiência de liberdade irredutível à autonomia ecológica, posto que guiada por demandas mais que humanas, cujos efeitos repercutem em um modo de relação com o fogo que vai além do seu controle.

Guilherme Fagundes é professor do Departamento de Antropologia da Universidade de São Paulo, onde lidera o Coletivo de Antropologia, Ambiente e Biotecnodiversidade (CHAMA). Atua principalmente nas áreas de antropologia da técnica e antropologia ambiental, além de mobilizar a produção de filmes, ensaios fotográficos e mapas digitais como método de etnografia colaborativa e multimodal. Nos últimos dez anos, tem se dedicado a estudar as transformações nos incêndios florestais e a retomada das queimas indígenas em escala global, desenvolvendo pesquisas e peças audiovisuais sobre este tema junto a comunidades quilombolas, gestores ambientais e brigadistas do Cerrado brasileiro.

Referências Bibliográficas

FAGUNDES, Guilherme Moura. Fire normativities: environmental conservation and quilombola forms of life in the Brazilian savanna. VIBRANT (FLORIANÓPOLIS), v. 16, p. 1-22, 2019.

INGOLD, Tim. A Antropologia ganha vida. In: Estar vivo: ensaios sobre movimento, conhecimento e descrição. Petrópolis: Vozes, 2015. pp. 25-47

Para ter acesso ao drive com os textos: link para a pasta disponível na nossa bio no instagram @naucidades.usp - Linktree . Temos também um vídeo ensinando como acessar a pasta salvo no destaque 2º sem-Seminário (também localizado no instagram)

Coordenação e organização dos seminários
Bianca Martins 
Michel de Paula Soares

Coordenação do Grupo NauCidades e apoio
Jéssica de Souza Andrade 

Coordenação Geral
José Guilherme Cantor Magnani

Jornada Internacional de Estudos - As Técnicas do Corpo: 90 anos do ensaio de Marcel Mauss

A jornada busca celebrar os noventa anos do ensaio As técnicas do Corpo (1934), do antropólogo francês Marcel Mauss (1872-1950). Através de sua efeméride, a motivação do evento não é exatamente proporcionar uma rememoração do texto, mas sim provocar sua releitura junto ao público brasileiro. Tantas vezes apontado no Brasil como inspirador da antropologia do corpo, o ensaio também é, na França, considerado o fundador da antropologia da técnica. Essa segunda linha de investigação reposiciona as ansiedades contemporâneas em torno de tecnofobias e tecnoutopias, além de balizar caminhos metodológicos, inclusive audiovisuais, para a percepção e descrição dos “atos tradicionais e eficazes” constitutivos da técnica. Em sintonia com a interdisciplinaridade que marca o ensaio, a jornada promoverá conexões entre antropologia e arqueologia, compreendendo que a ênfase de Marcel Mauss sobre o domínio da técnica através do corpo sublinha a continuidade entre o biológico, o psicológico e o social.

Confira a programação completa.

Datas: 3, 4 e 7 de outubro

Locais: LISA e FFLCH-USP - IFCH-UNICAMP

Realização:
Coletivo de Antropologia, Ambiente e Biotecnodiversidade (CHAMA/USP)
Laboratório de Antropologia da Ciência e da Técnica (LACT/UNB)
Consulado-Geral da França em São Paulo

Coordenação:
Guilherme Moura Fagundes (Departamento de Antropologia – USP)
Rafael Antunes Almeida (Instituto de Humanidades – UNILAB)

A revista Ponto.Urbe, periódico vinculado ao Laboratório do Núcleo de Antropologia Urbana da USP, anuncia o Urbe em Foco VII! Na próxima quarta-feira, dia 02 de outubro, a partir das 15h, no Auditório de Antropologia (Sala 24) do Prédio de Ciências Sociais e Filosofia (FFLCH), colocaremos em discussão o dossiê “Cidades em guerra”, publicado em nossa última edição. Participe! Sem inscrição prévia. Com emissão de certificado para participantes presenciais. Confira as participações: Frank Daves e Lia de Mattos Rocha (UERJ) Nossas cidades em guerra: notas sobre militarização e colonialidade a partir do Rio de Janeiro Carolina Parreiras (DA/LETEC/USP) Desigualdades digitais em favelas cariocas: usos e infraestruturas entre precariedade e militarização Apoena Mano (PPGS/USP) Crime organizado e violência urbana na América Latina Mediação: Silvana Nascimento (PPGAS/USP)

Prof. Clara Han na USP

Clara Han é Professora de Antropologia na Universidade Johns Hopkins. Sua pesquisa se concentra em como territórios e instituições médicas e legais se entrelaçam com a vida íntima em contextos marcados pela precariedade econômica e pela violência. Han conduziu mais de duas décadas de trabalho de campo em bairros de baixa renda em Santiago, no Chile, explorando a doença, a violência e o parentesco em condições de privação. Mais recentemente, ela conduziu pesquisas na Coreia, com foco especial na Guerra da Coreia. Ela é autora de Life in Debt: Times of Care and Violence in Neoliberal Chile e Seeing Like a Child: Inheriting the Korean War, sendo que este último ganhou o Prêmio Sênior da Associação de Antropologia Feminista em 2022. Seu trabalho aborda as lentas mudanças na subjetividade, as dinâmicas de cuidado e negligência nas relações íntimas, e como a violência é herdada entre gerações. Han também co-editou o volume Living and Dying in the Contemporary World com Veena Das.

Estudantes de pós-graduação estão convidades para uma reunião/debate com a antropóloga Clara Han (John Hopkins University, Estados Unidos).

A professora Clara Han fará uma breve apresentação de sua trajetória de pesquisa e comentará as pesquisas em andamento das pessoas inscritas!

Inscrição até 29 de setembro de 2024, no link: https://forms.gle/3vNsdBJfXwqQ1VGw7

Encontro: 01 de outubro, terça-feira, às 14:00
Local: FFLCH, Ciências Sociais (Prédio do Meio), Sala 10
Organização: PPGAS/USP - NUMAS/USP - Projeto Link’ArtÁfricas/Fapesp
Em colaboração com: PPGCS/UNIFESP - PAGU/UNICAMP - PgEHA/USP - PCHS/UFABC-Projeto Caleidoscópio/ CNPq
Apoio Financeiro: Fapesp, Capes, CNPq