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Grupo de Estudos: Antropologia da Pós-Verdade, dos Negacionismos e das Formações Conspiratórias - 3º encontro
O Grupo de Estudos "Antropologia da Pós-Verdade, dos Negacionismos e das Formações Conspiratórias" visa analisar e discutir, sob uma perspectiva antropológica, os fenômenos da pós-verdade, do negacionismo e das teorias da conspiração.
Tema do encontro
No próximo encontro, o grupo discutirá os seguintes textos:
- STEWART, Kathleen; HARDING, Susan. Ansiedades de Influência: Teoria da Conspiração e Cultura Terapêutica na América do Milênio. Ilha Revista de Antropologia, Florianópolis, v. 23, n. 3, 2021. https://periodicos.ufsc.br/
index.php/ilha/article/view/ 80899 - HARAMBAM, J.; AUPERS, S. Contesting epistemic authority: Conspiracy theories on the boundaries of science. Public Understanding of Science, v. 24, n. 4, p. 466-480, 2015. https://journals.sagepub.com/
doi/pdf/10.1177/ 0963662514559891
Data • 20 de junho de 2024 • Horário: 17h às 18h45
Local • Prédio das Ciências Sociais, sala 1037 (no corredor do Departamento de Antropologia) • Endereço: Avenida Professor Luciano Gualberto, 315, Cidade Universitária
Público-alvo O grupo é aberto para toda a comunidade universitária.
Inscrições As inscrições podem ser feitas pelo e-mail: almeida.rafaelantunes@gmail.
Mediação: Rafael Antunes Almeida (Pós-doutorando no Departamento de Antropologia da USP e Professor da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira - UNILAB)
Atenciosamente,
Rafael Antunes Almeida
Aula aberta do curso “Abordagens em arte indígena”, sob responsabilidade de Maria Luísa Lucas (Museu de Arqueologia e Etnologia/USP) e Fernanda Pitta (Museu de Arte Contemporânea/USP), com Mariana Françozo, da Faculdade de Arqueologia na Universidade de Leiden, Holanda. A pesquisadora apresentará sua pesquisa sobre objetos indígenas em coleções europeias, especialmente o gabinete de Nassau.
Data: 19/06/2024, às 14 horas
Local: Centro de Estudos Ameríndios (CEstA/USP) - Rua do Anfiteatro 181, Colmeia - favo 8 - Cidade Universitária - São Paulo - SP
Realização:
CEstA USP, MAE USP e MAC USP
Imagem do cartaz: Rede de alianças de casamento desenhada pelo algoritmo Kamada-Kawai, no aplicativo PAJEK, sobreposta à fotografia de Paulo Luís Eberhardt (OPAN-2022)
Ciclo de debates
Políticas para povos indígenas isolados e de recente contato: vestígios de isolados em Rondônia
Com
Felipe Vander Velden (CSO/UFSCar)
Amanda Villa (PPGAS/USP)
Mediação
Leonardo Viana Braga (PPGAS/USP)
17/06/2024, 17h
Rua do Anfiteatro 181, Colmeia - favo 8
Cidade Universitária - São Paulo - SP
Referências em estudo: controvérsias sobre natureza, cultura e etnicidade dos povos indígenas isolados em Rondônia (Felipe Vander Velden (CSO/UFSCar)
As florestas de Rondônia abrigam um conjunto significativo de referências a povos indígenas isolados. Como a região abriga considerável diversidade linguística e cultural, a definição do pertencimento etnolinguístico desses povos-referências é bastante problemática. Para além desta indefinição em nível etnolinguístico, várias das referências aos isolados – sobretudo aquelas “em estudo” ou “não confirmadas”, ou chamadas simplesmente de “informação” – têm se prestado também à discussões em níveis que chamaremos de interétnico e específico, que discutem tanto a indianidade como a própria humanidade desses coletivos. Tratam-se de casos em que o caráter fantasmagórico desses povos parece ainda mais pronunciado, e de discussões não apenas sobre se vestígios são produtos de indígenas, mas mesmo se são resultantes de ações humanas. Entretanto, as denominadas “referências não confirmadas” têm sido pouco estudadas em suas múltiplas dimensões. Este artigo advoga por uma maior atenção a tais cenários como forma de expandir nossa reflexão sobre a natureza do que pode constituir um coletivo indígena e humano.
Sugestão de leitura: https://periodicos.unb.br/
Fazer-se notar, fazer-nos afastar: um percurso etno-histórico sobre os indígenas em isolamento na Terra Indígena Massaco (Amanda Villa (PPGAS/USP)
A proteção de povos em isolamento no Brasil e, portanto, dos territórios que ocupam, é tarefa legalmente atribuída às Frentes de Proteção Etnoambiental, unidades descentralizadas da Fundação Nacional do Índio. Via de regra, seu trabalho parte de estratégias de investigação: buscas por vestígios localmente somam-se a entrevistas orais e aos registros da ocupação etno-histórica. Nesse sentido, esse artigo pretende contribuir com um apanhado etno-historiográfico da ocupação no médio rio Guaporé, mais especificamente do trecho que se encontra entre os rios Branco e Colorado, em que hoje se institui a Terra Indígena Massaco. Ocupada por indígenas cujas características definidoras de seu pertencimento étnico por outrem se baseiam essencialmente em sua cultura material, uma vez que sua língua nunca foi descrita, o território é referência em proteção e mistério. Ao mesmo tempo em que a abundante colocação de armadilhas (estrepes) torna expresso seu desejo por serem deixados em paz, seus vestígios dão pistas de sua identidade e são lidos com curiosidade por indígenas e não indígenas, que apostam na analogia com histórias orais e grafadas para tanto.
Sugestão de leitura: https://periodicos.unb.br/
Palestrantes: Kelly Koide e Yuri Prado
Kelly Koide é doutora em Filosofia pela Universidade de São Paulo (USP), com estágio na Université Lyon I. É pós-doutoranda no Departamento de Antropologia da USP, onde realiza pesquisas sobre a trajetória e a obra de Claudia Andujar e Maureen Bisilliat. Pesquisadora do Grupo de Antropologia Visual (GRAVI – USP).
Yuri Prado é doutor em Música pela ECA-USP, com estágio na Université Paris VIII. É pós-doutorando em Antropologia na FFLCH-USP, tendo recentemente realizado estágio de pesquisa na École des Hautes Études en Sciences Sociales (EHESS). Suas pesquisas têm sido dedicadas ao estudo etnomusicológico de indivíduos, com foco nas figuras de Julio Valverde e Charles Kely Zana-Rotsy.
Os filmes “Jail Birds” e “Open Gasy”, dirigidos, respectivamente, pelos pós-doutorandos Kelly Koide e Yuri Prado, têm em comum o enfoque em artistas a partir de uma perspectiva etnobiográfica. Em “Jail Birds”, a artista plástica Henrietta Mantooth fala sobre suas obras, que discutem o encarceramento em massa nos EUA, em seu ateliê em Manhattan e durante a montagem de uma exposição permanente na Hudson County Community College. Já “Open Gasy” retrata a trajetória de Charles Kely Zana-Rotsy, guitarrista e cantor malgaxe que teve participação significativa no cenário da world music na França. Através da exibição dos dois filmes, os diretores pretendem discutir os desafios da produção cinematográfica em um país estrangeiro, assim como para o estabelecimento, em um tempo limitado, de uma relação etnográfica mediada pela câmera.
6ºDebate - Ética em pesquisas COM SERES HUMANOS na graduação e na pós-graduação: as Ciências Humanas e o Sistema CEP/CONEP
Organização:
Profa. Dra. Rita de Cássia Ariza da Cruz
Participantes:
Profa. Dra. Ana Lúcia Pastore Schritzmeyer (Coordenadora do CEP-FFLCH) e Membros do Comitê
Transmissão pelo YouTube: https://www.youtube.com/watch?v=nUzw5QPd5_s
O encontro é organizado pelo coletivo de bolsistas do Programa de Pós-Doutorado para Pesquisadoras e Pesquisadores Negros, implementado recentemente pela USP através da sua Pró-Reitoria de Inclusão e Pertencimento e integra um conjunto de mobilizações pela continuidade e expansão dessa política. O evento tem como objetivo discutir o futuro de políticas afirmativas no âmbito da pesquisa naquela que figura como a mais prestigiosa universidade pública do Brasil, além de expor os trabalhos que vêm sendo desenvolvidos por pesquisadoras e pesquisadores negros da USP. O evento é aberto à participação de qualquer pessoa interessada em conhecer a produção e discutir o avanço das políticas afirmativas na universidade.
PROGRAMAÇÃO
Data: 27 de maio
Local: Instituto de Estudos Avançados (R. da Praça do Relógio, 109 - campus Butantã)
12h-18h Exposição de pôsteres com trabalhos de Pós-Doutorandos Negros e Negras da USP
13h Reunião de pesquisadoras e pesquisadores negros da USP
15h Mesa: Consolidando Políticas Afirmativas na Pesquisa Científica na Universidade de São Paulo
17h Apresentação de Trabalhos e Networking (interação direta entre pesquisadores e convidados)
INSCRIÇÕES DE TRABALHO ATÉ 19 DE MAIO
A submissão de trabalhos está aberta a todas as pessoas negras que 1. tenham concluído o doutorado ou o pós-doutorado na Universidade de São Paulo nos últimos cinco anos; 2. estejam neste momento desenvolvendo pesquisa de pós-doutorado na USP, independente do vínculo a qualquer programa ou bolsa. Para além de mera exposição de posteres, esse será um espaço dedicado à interação direta entre pesquisadoras/es e convidadas/os. Uma oportunidade de gerar visibilidade, construir rede e abrir futuras oportunidades a profissionais negros e negras formados pela USP.
Inscrições: https://posdocnegresusp.
Maiores informações: posdocnegresusp@gmail.com
Sexta do Mês: Ciências do Sagrado na Amazônia
24/05
17h
Sala 24 do Prédio de Ciências Sociais na USP
Transmissão via Youtube (canal uspfflch)
Convidadas:
Ana Lídia Nascimento (Pós-Doc PPGAS-USP, Professora Efetiva da Universidade Federal da Amazônia - UFRA)
Yasmim Sampaio (Doutoranda PPGAS-USP)
Mediação:
Ava Cruz (Doutoranda do PPGAS/USP)
A existência da Ciência do Sagrado presentes nas práticas da pajelança indígena, cabocla e religiões afro-brasileira é observada por meio de uma ampla variedade de procedimentos pautados numa relação mágico-religiosa, observada nas diversas práticas e experiências dos povos tradicionais/originários que adotam os mesmos mecanismos de cura e cuidado com procedimentos e epistemologias específicas que dialogam e emergem do campo do sagrado, bem como os sujeitos que os executam. As entidades espirituais, que podem ser encantados, caboclos, espíritos, dentre outros, curam com o poder que lhe é consagrado do ponto de vista das relações estabelecidas. Desse modo, com o intuito de refletir sobre essas temáticas, esta mesa da Sexta do Mês de Maio propõe um debate trazendo para a roda ontologias e cosmologias encantadas de algumas religiões afro-indígenas-brasileiras.
A mesa é aberta para todos os públicos, então, sintam-se livres para participarem e trazerem colegas.
Encontro de saberes: trajetória de uma causa em universidades públicas brasileiras
Desde o início dos anos 2000, e em especial depois da implementação da Lei Federal de Cotas em 2012, o Brasil tem despontado, em âmbito mundial, como o país com o mais abrangente programa de ações afirmativas no ensino superior. Além da reserva de vagas (cotas) para candidatos negros, um número crescente de universidades públicas têm organizado processos seletivos específicos para candidatos indígenas, apoiando-se no princípio da educação “diferenciada”, garantido pela CF88 e pelas diretrizes curriculares da educação escolar indígena. A entrada desse novo público nas universidades vem acompanhada de uma reivindicação de simetria de valor entre saberes acadêmicos e saberes ditos tradicionais. Uma série de dispositivos pedagógicos e administrativos têm sido desde então desenvolvidos visando materializar essa simetria, sintetizada na expressão que tem se tornado uma bandeira: “encontro de saberes”. Apresentarei um panorama destas iniciativas e, a partir de uma etnografia conduzida na Universidade Estadual de Campinas, mostrarei o posicionamento de alguns dos atores nelas envolvidos, ou por elas implicados, em especial dos estudantes indígenas da Unicamp.
Chantal Medaets é Professora de Antropologia na Faculdade de Educação da Unicamp, onde coordena o Centro de Pesquisa em Antropologia e Educação (Ceape). Em sua pesquisa atual, aborda diferentes aspectos da presença indígena no Ensino Superior no Brasil, combinando trabalho de campo etnográfico na Unicamp com a análise de políticas interculturais para o Ensino Superior em nível nacional.
Legenda da fotografia : Encontro Nacional dos Estudantes Indígenas, julho de 2022, Unicamp. Autoria da imagem : Sheldon Yupuri Barreto
O Grupo de Estudos "Antropologia da Pós-Verdade, dos Negacionismos e das Formações Conspiratórias" visa analisar e discutir, sob uma perspectiva antropológica, os fenômenos da pós-verdade, do negacionismo e das teorias da conspiração.
Tema do encontro
No próximo encontro, o grupo discutirá o artigo "Pós-verdade e a crise do sistema de peritos: uma explicação cibernética", da antropóloga Letícia Cesarino, publicado na Ilha: Revista de Antropologia, em 2021.
Data
• 16 de maio de 2024
• Horário: 17h às 18h45
Local
• Prédio das Ciências Sociais, sala 1037 (no corredor do Departamento de Antropologia)
• Endereço: Avenida Professor Luciano Gualberto, 315, Cidade Universitária
Público-alvo
O grupo é aberto para toda a comunidade universitária.
Inscrições
As inscrições podem ser feitas pelo e-mail: almeida.rafaelantunes@gmail.
Acesso ao material
https://periodicos.ufsc.br/
Mediação: Rafael Antunes Almeida (Pós-doutorando no Departamento de Antropologia da USP e Professor Adjunto da UNILAB)