Notícias PPGAS
Ao longo da história da antropologia, a heterogeneidade e a diversidade da cidade foram percebidas como a força motriz da produção de espaços e fronteiras urbanas. A cidade passa a ser concebida como um ambiente especifico capaz de conglomerar diferenças por meio de sua base econômica e institucional ou por meio de processos de identificação. No entanto, há pouca sistematização sobre os processos relacionais que levam à produção de desigualdades e à cristalização das diferenças, e noções como identidade, cultura e raça têm sido encaradas como elementos prévios à constituição das relações urbanas que as instauram. Assim, embora os estudos urbanos, em suas mais diferentes frentes, sejam permeados pelas meta-narrativas da urbanização, da modernização, do desenvolvimento e de suas constantes crises, as contrapartes que definem tais narrativas raramente são explicitadas. Neste dossiê, interessa-nos perscrutar como diferentes processos de racialização coadunaram-se com a produção da diversidade e da desigualdade urbana em diferentes cidades ao redor do globo. Neste sentido, interessam-nos pesquisas que visem investigar processos socials, itinerários intelectuals, agentes, movimentos sociais e diferentes instituições burocráticas, técnicas e científicas que definiram e conformaram categorias racializantes que (re)produzem os diversos grupos sociais urbanos, bem como as práticas e lógicas mobilizadas. Convidamos artigos que procurem pensar raça e cidade não a partir de categorias conceituais aprioristicas, preexistentes às relações, mas que busquem etnografar tanto processos de racialização de grupos urbanos como agenciamentos produzidos em torno da ideia de raça. Por fim, convidamos textos criticos das narrativas consagradas sobre as cidades e a urbanização nas ciências sociais a partir de distintas realidades metropolitanas em diferentes regiões do mundo.
Mais informações sobre as normas para publicação podem ser encontradas em: https://journals.openedition.org/pontourbe/3512
Ficamos à disposição,
Comissão Editorial da Ponto Urbe - Revista do Núcleo de Antropologia Urbana da USP.
As inscrições para o GT "O desafio do urbano: interseções, resistências, utopias" (coordenado por Graça Cordeiro e Joan Pujadas, com Heitor Frúgoli Jr. como debatedor) no próximo congresso da APA (Évora, 6-9/9/2022, https://apa2022.
Com muita alegria, divulgamos os novos 11 verbetes publicados na Enciclopédia de Antropologia (EA) este semestre, incluindo perfis biográficos sobre intelectuais indígenas, antropólogas e antropólogos da Argélia, Estados Unidos e Índia, obras e conceitos, além de nosso primeiro verbete de subcampo. Os verbetes vão ser divulgados ao longo desta semana e da próxima em nossas redes sociais: @ea_antropo (Twitter e Instagram). Ajudem a divulgar a EA, compartilhando-a em seus grupos de estudo e de pesquisa, também em suas listas. Próximas colaborações serão recebidas até final de março de 2022. Consultem o site: ea.fflch.usp.br/
O filme Woya Hayi Mawe - Para onde vais?, produção do LISA dirigida por Rose Satiko Hikiji e Jasper Chalcraft e editada por Ricardo Dionisio, recebeu a Menção Honrosa na categoria longa-metragem, no prêmio Ana Maria Galano, no 45o. Encontro Anual da ANPOCS. O filme e outros materiais da pesquisa dos antropólogos com artistas africanos residentes em São Paulo estão disponíveis no site http://www.usp.br/afrosampas
O que músicos e artistas africanos que chegaram a São Paulo nos últimos anos trazem em sua bagagem? Que impactos produzem nos mundos artísticos e nas lutas sociais na cidade?
O site Afro-Sampas reúne, em filmes e ensaios, a música e a arte que nasce dos encontros entre africanos e outros habitantes desta megalópole.
Visite e assista na íntegra o documentário Woya Hayi Mawe – Para onde vais?, estrelando a moçambicana Lenna Bahule, e o curta Tabuluja (Acordem!), com o congolês Shambuyi Wetu. Conheça também Afro-Sampas, o encontro de Lenna, Yannick Delass (República Democrática do Congo), Edoh Amassize e Sassou Espoir Ametoglo (Togo) com os brasileiros Ari Colares, Chico Saraiva e Meno Del Picchia. E acesse ensaios fotográficos, registros de performances e mais.
Afro-Sampas é resultado do projeto “Fazer musical e patrimônio cultural africano em São Paulo”, desenvolvido pelos antropólogos Rose Satiko Gitirana Hikiji e Jasper Chalcraft junto ao Projeto Temático Fapesp “O musicar local: novas trilhas para a Etnomusicologia” (2016/05318-7), e conta com apoio da Pró-Reitoria de Cultura e Extensão da Universidade de São Paulo por meio do 5º EDITAL SANTANDER/USP/FUSP de Fomento às Iniciativas de Cultura e Extensão.
O livro, que acaba de sair pelo selo ABA publicações, está disponível no site da ABA: http://www.aba.abant.org.br/publicacoes - os títulos do volume estão organizados em ordem alfabética. Com este link, é possível acessar diretamente!
”Nova Iorque, mais uma cidade”, filme dos antropólogos e documentaristas brasileiros André Lopes (doutorando PPGAS-USP) e Joana Brandão (UFSB), foi contemplado no último sábado, 27 de março, com o prêmio de melhor curta-documentário no festival internacional de cinema etnográfico do Royal Anthropological Institute (RAI). O filme foi contemplado pelo Marsh Short Filme Prize que premia "o curta-documentário mais notável em antropologia ou arqueologia", segundo as palavras do festival. O RAI é um dos maiores e mais importantes festivais de cinema etnográfico do mundo, tendo recebido em 2021 inscrições de filmes de 75 países. O filme foi a única obra brasileira contemplada com premiação no festival.
“Nova Iorque, mais uma cidade” (2019, 18 min) relata a experiência da cineasta indígena brasileira Patrícia Ferreira Para Yxapy em Nova Iorque e suas reflexões ao visitar o Museu Americano de História Natural. Ao desconstruir as estratégias coloniais de representação do grande museu através do olhar da própria Patrícia, o documentário é um exercício de antropologia reversa, em que as formas ocidentais de pensar e representar os povos indígenas são escrutinadas pelas poderosas falas da cineasta indígena. As contradições da vida na metrópole norte-americana e dos não indígenas em geral também são abordadas pela jovem liderança do povo Mbya Guarani em comparação aos modos de existência de seu povo.
André Lopes é orientado no doutorado pelo professor Renato Sztutman no Departamento de Antropologia Social da Universidade de São Paulo, e, assim como Joana Brandão, realizou o filme durante um período de pesquisa no exterior, quando os cineastas permaneceram como pesquisadores visitantes no Departamento de Antropologia da Universidade de Nova Iorque, sob orientação da professora Faye Ginsburg. Ambos contaram com bolsa da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES).
Assista o trailer do filme no link:
https://www.youtube.com/watch?v=raMMGOBxmZY&t=14s
O filme completo está disponível por tempo limitado no link:
Além da Antropologia, outras três áreas da FFLCH estão entre as 50 melhores do mundo. Clique aqui para conferir.
Completando cinco anos de existência, a Enciclopédia de Antropologia - http://ea.fflch.usp.br - acaba de adquirir ISSN - 2676-038X (online). Além disso, o site da EA foi atualizado e aprimorado, e a comissão editorial ampliada, com a incorporação de colegas da UNICAMP, UNIFESP, UFSCAR e UNESP- Arar. A Enciclopédia também se encontra no Facebook e no Twitter.
Visitem o site a ajudem a divulgá-lo!
Três filmes realizados por pesquisadores do PPGAS-USP receberam o prêmio Pierre Verger na 32a. Reunião Brasileira de Antropologia.
O Prêmio Pierre Verger (PPV) para filmes etnográficos, da Associação Brasileira de Antropologia (ABA) e do Comitê de Antropologia Visual (CAV), foi criado em 1996 e agora, em 2020, completa 24 anos. A inclusão da premiação para ensaios foto-etnográficos surgiu alguns anos depois, em 2002, e completa 18 anos nessa edição.
Os filmes estão disponíveis até 06/11 no site do prêmio:
https://ppv.abant.org.br/filmes/
Woya Hayi Mawe – Para onde vais?, de Rose Satiko Gitirana Hikiji (professora do DA) e Jasper Chalcraft, recebeu o prêmio de melhor média metragem.
Clique aqui para conferir o filme (necessário ter cadastro no site).
Monocultura da Fé, de Joana Moncau e Gabriela Moncau (mestranda PPGAS, orientada por Heloisa Buarque de Almeida), foi contemplado com o 2o lugar na categoria curta metragem
Clique aqui para conferir o filme (necessário ter cadastro no site).
Ãjãí: o jogo de bola dos Mỹky e Manoki, de André Lopes (doutorando PPGAS, orientado por Renato Sztutman) e Typju Mỹky, recebeu menção honrosa.
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