PPGAS na mídia

1ª menção honrosa: Reinventar a Roda. A circulação do samba entre sujeitos, eventos e repertórios em Cachoeira – BA, de Caio Csermak. Tese de doutorado defendida no Programa de Pós-graduação em Antropologia Social da Universidade de São Paulo (USP), orientada por Maria Manuela Ligeti Carneiro da Cunha.

 

Resumo: O trabalho analisa os processos de institucionalização dos grupos de samba de roda e de profissionalização dos sambadores da cidade de Cachoeira, Bahia, desde a década de 1950 até o tempo presente. Ele se divide em três partes para abordar tais processos a partir de diferentes perspectivas complementares: as trajetórias de sujeitos coletivos do universo do samba; o espaço do samba nos eventos musicais cachoeiranos; e as características musicais do samba, assim como sua relação com outros repertórios. Os dados foram colhidos em trabalho de campo realizado ao longo de 20 meses entre 2015 e 2018. O trabalho visa demonstrar que o samba se tornou o articulador de um sistema musical cachoeirano, tendo efeitos sobre as práticas musicais dos sambadores e levando ao protagonismo do grupo de samba de roda sobre outras formas de organização social, assim como do samba corrido sobre outros estilos de samba.

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Saiu no nexo a pesquisa ainda em andamento, orientada pela professora Ana Cláudia Marques, que trata de um conflito envolvendo a sobreposição de um parque nacional e uma estação ecológica a territórios tradicionalmente ocupados nos médios cursos do rio Xingu e Iriri, estado do Pará. Trabalho em especial com famílias que se identificam como beiradeiras, com foco nas conexões entre territorialidade e formas de resistência nos marcos desse conflito. A pesquisa é feita pela pesquisador Natalia Guerrero.

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A Folha de São Paulo publicou, no mês de janeiro de 2020, uma reportagem assinada pelo pesquisador doutorando pelo PPGAS Meno del Picchia, junto com a jornalista Nina Rahe sobre a presença do funk nas comemorações da cidade após a tragédia em 2019 que levou à morte de 9 jovens inocentes pela polícia.

A pesquisa buscou compreender o funk em São Paulo sob a luz da antropologia da música, em especial, a partir do conceito de musicar do neozelandês Christopher Small. O musicar funk não é a mesma coisa que a música funk. A música é o objeto sonoro, a gravação, o fonograma. O musicar fala de todo tipo de engajamento observado numa determinada manifestação sonora-musical, e de todos os atores envolvidos (no caso do fluxo de funk, por exemplo, desde os donos dos bares vendendo bebida, aos sistemas de som potentes que os jovens levam nas traseiras dos carros. A etnografia passou pela Liga do Funk, associação que orienta jovens aspirantes à MCs e Djs. Percorreu alguns estúdios de funk para descrever os processos de criação e as tecnologias envolvidas no fazer musical. E, por fim, chegou às ruas de um bairro da zona sul de São Paulo, famoso por seus fluxos de rua. O fluxo olhado como um musicar revelou a centralidade de uma complexa rede de sistemas de som sendo ativados todos os finais de semana pelos jovens funkeiros e funkeiras nas ruas, nas portas dos bares e dentro das tabacarias. Os jovens se engajam e se reúnem a partir da ativação elétrica de potentes alto-falantes. A convivência com a massa sonora produzida nas festas não é tranquila, gera disputas de cunho local mas também de cunho político que transcendem as questões locais.

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O jornal Inglês "The Guardian" publicou recentemente matéria sobre resistência indígena com música, que conta com entrevista de Klaus Wernet, doutor pelo PPGAS-USP, que fez sua tese sobre música contemporânea guarani.

Confira no a matéria no website do The Guardian!

https://www.theguardian.com/music/2020/oct/26/brazil-music-indigenous-tribes-environment-bolsonaro