Eventos

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Expressão Popular – Alameda Nothmann, 806 - Campos Elíseos/SP
Tema: “Pensando formas de fazer lar na diáspora Palestina”

Há mais de um ano de genocídio contra a Faixa de Gaza e um cessar fogo que em realidade redireciona a ofensiva de Gaza para a Cisjordânia, a edição de fevereiro da Sexta do Mês abre espaço para reflexão acerca das experiências de exílio, deslocamento forçado e agência do povo palestino no contexto da diáspora brasileira. À luz da mais nova obra da antropóloga Bárbara Caramuru, intitulada Palestina em Movimento: a diáspora a partir de um olhar interseccional, publicada em 2024, propomos o exercício de articular conhecimento etnográfico ao cenário político contemporâneo do Oriente Médio pela perspectiva da diáspora através de Ualid Rabah, atual presidente da Federação Árabe Palestina do Brasil.

A ocupação colonial da Palestina, iniciada há mais de sete décadas, adentra uma nova fase de violência e despossessão da população palestina e, longe de encontrar seu fim, expande-se para países como o Líbano, Irã e Iêmen. A obra de Caramuru, ao investigar como os processos de pertencimento e organização política na diáspora palestina no Brasil e Chile, oferece perspectivas teóricas e analíticas para compreender as formas de fazer lar e (re)existir a partir de uma análise interseccional com enfoque em gênero. Dessa maneira, convidamos estudiosas/os, ativistas e o público em geral para a Sexta do Mês Pensando formas de fazer lar na Palestina, buscando refletir sobre a posição da antropologia em meio ao “primeiro genocídio televisionado da história” e romper com o silêncio e a omissão.

Convidades:
•⁠  ⁠Bárbara Caramuru (Docente na UFPR)
•⁠  ⁠Ualid Rabah (Atual Presidente da Federação Árabe Palestina do Brasil)

Mediação: Isabella Aquino (Mestranda no PPGAS/USP)
A mesa é aberta para todos os públicos, então, sintam-se livres para participarem e trazerem colegas
Início:
Rua do Anfiteatro, Colmeia, favo 8 Cidade Universitária - São Paulo - SP

PALESTRA COM PEDRO LOLLI (UFSCar)

Farmacologias sonoras no alto rio Negro: (re)generação e degeneração de corpos

A partir da região do alto rio Negro e da minha experiência etnográfica junto ao povo Yuhupdeh, pretendo refletir sobre os benzimentos de cura e de proteção, os instrumentos de sopro Jurupari e suas associações com os processos de (re)generação e degeneração dos corpos. Proponho abordar os benzimentos e os instrumentos Jurupari como uma tecnologia andrógena de inseminação artefactual que não só (re)genera os corpos, mas também os degenera, ao modo de uma farmacologia sonora. Para tanto, tomarei como base etnográfica um conjunto de histórias de antigamente contadas por diversos povos que habitam a região do alto rio Negro (Tukano, Yuhupdeh, Hupd’äh, Desano etc.) que contam sobre as gêneses dos benzimentos e dos instrumentos Jurupari; um conjunto de trabalhos antropológicos, alguns deles produzidos por indígenas da região, que tratam do assunto; e por fim, um conjunto de material etnográfico de registros sonoros dos instrumentos Jurupari e das formas verbais dos benzimentos realizados ao longo de minha pesquisa etnográfica

Início:
Auditório do LISA - Laboratório de Imagem e Som em Antropologia. Rua do Anfiteatro, 181, Favo 10, USP.

Para mais informações, ver https://metis.fflch.usp.br

Início:
Sala 24 do Prédio das Ciências Sociais - Av. Prof. Luciano Gualberto, 315

A Sexta do Mês convida todes para a mesa temática de novembro!

Tema: A encantaria do tambor de mina em São Paulo

O tambor de mina é uma religião afrobrasileira predominante nos estados do Pará e Maranhão, chegando em São Paulo por volta da década de 1970 pelo paraense Francelino de Xapanã, que trouxe consigo diversos elementos culturais muito presentes nas realidades paraense e maranhense, que se adaptaram à capital paulistana por meio desse movimento migratório. Tendo como entidades cultuadas voduns e orixás, o tambor de mina também traz uma categoria conhecida como “encantados”, aqueles que não passam pelo processo de morte, se “encantam” e habitam as “encantarias”. Para dialogar sobre este universo mineiro, traremos três sacerdotes filhos de Pai Francelino para discutir sobre estes elementos.

Convidades
• Toy Voduno Márcio de Boço Jara (Sacerdote da “Casa das Minas de Thoya Jarina”)


• Onontochê Sandra de Xadantã (Sacerdotiza do Kwê Mina Odan Axé Boço Dá-Hô)


• Dàda Voduno Leonardo de Doçu (Sacerdote do Bou Hou Mina Jeje Nagô)

Mediação
Yasmin Estrela (Doutoranda do PPGAS/USP)

Transmissão online pelo canal uspfflch no YouTube: https://www.youtube.com/@uspfflch

A mesa é aberta para todos os públicos, então, sintam-se livres para participarem e trazerem colegas.

Início:
Rua do Anfiteatro, 181 - favo 8, Cidade Universitária, São Paulo - SP

Palestra com Guilherme Bianchi (Departamento de História/USP) Conflito, convívio e transformação na história recente dos Asháninka da Amazônia peruana

Conflito, convívio e transformação na história recente dos Asháninka da Amazônia peruana

A história recente dos Asháninka que habitam hoje vales tributários do alto Ucayali, na Amazônia peruana, é repleta de acontecimentos através dos quais podemos testemunhar pelo menos duas coisas. Para além da terrível sucessão e da continuidade da violência estatal e não-estatal no último século (de caucheros à guerrilheiros, de hidroelétricas ao crime organizado etc.), é notável que os grupos da região lograram elaborar fórmulas de organização política que podem ser consideradas cruciais para o processo de reconstrução da vida comunitária asháninka nas últimas duas décadas. Irei apresentar o modo como, nessa atividade política contemporânea, intervém mitos, histórias, transformações corporais e outras formas de produzir o tempo e a memória, formas de engajamento com o mundo por vezes colocadas no interior dos processos de negociação política com o Estado peruano. O que essas relações podem nos dizer sobre as relações entre as políticas indígenas e suas histórias, isto é, sobre as convergências e divergências entre mundos, e de que maneira elas são evocadas nos processos cosmopolíticos de tradução e negociação envolvendo diferentes camadas do passado asháninka?

Início:
Sala 14 do Prédio das Ciências Sociais - Av. Prof. Luciano Gualberto, 315

27/11 - FFLCH -Prédio da Filosofia e Ciências Sociais, Sala 14
17hs - “Violência de gênero na universidade”, debate com Regina Facchini (Unicamp) e Heloisa Buarque de Almeida (CDDH - FFLCH USP), coordenação de Gabriela Calazans (IP USP)
18:30-19:30h: Atividade Cultural Interativa: Peça-jogo: Vulvar - No lugar dela

Início:
Auditório do LISA - Laboratório de Imagem e Som em Antropologia. Rua do Anfiteatro, 181, Favo 10, USP.

Car@s!

Na 5af da próxima semana, dia 21/11, às 14h, no auditório do LISA (Rua do Anfiteatro, 181, Cidade Universitária, São Paulo/SP, 05508-060. Fones: +55 (11) 3091-3045 / 3091-1478 / 3091-1479), oferecerei às turmas de graduação da disciplina "Antropologia e Direito" a oportunidade de participarem de um cinedebate.

Essa será uma atividade em parceria com o Instituto Cultura em Movimento (ICEM) e a produtora MPC, promotoras do projeto "Cinema em Movimento"/ Circuito Universitário. O convite está aberto a tod@s @s interessad@s!!! Um trailer do documentário que será exibido e, em seguida, debatido, está disponível em https://www.youtube.com/watch?v=hCMB5hTExJc

Nesse documentário, de 75', Adelaide, Tatiane, Catia, Naiane e Roselaine narram algo que têm em comum: são mães e vivem longe dos filhos porque estão aprisionadas. Suas histórias de vida são atravessadas por questões de gênero que marcam a realidade de mais de 40 mil mulheres brasileiras que se encontram em prisões precárias e inadequadas.

Até 5af!

Ana Lúcia Pastore Schritzmeyer

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Sala 8 do Prédio das Ciências Sociais - Av. Prof. Luciano Gualberto, 315

Título da palestra: A noção de quase-verdade na Antropologia do Conhecimento

Palestrante: Prof. Mauro Almeida (UNICAMP) 

Debatedor: Prof. Stelio Marras (USP)

Mediação: Rafael Antunes Almeida (UNILAB)

Não é necessário realizar inscrição prévia.

Início:
Sala 14 do Prédio das Ciências Sociais - Av. Prof. Luciano Gualberto, 315

No dia 14/11, às 14h, na sala 14 e online, acontece o Seminário Temático “Tendências contemporâneas das plataformas digitais nos mercados de sexo no Brasil”, com Lorena Caminhas.

Lorena Caminhas é Doutora em Ciências Sociais (Unicamp) e pesquisadora de pós-doutorado no Departamento de Antropologia da USP, com apoio da Fapesp. Suas pesquisas abordam a formação dos mercados de sexo digital no Brasil, os impactos das plataformas digitais na qualidade do trabalho sexual e seus processos de governança e regulação nessa seara.

Este evento é uma promoção do Laboratório Etnográfico de Estudos Tecnológicos e Digitais (LETEC) e do Núcleo de Estudos sobre Marcadores Sociais da Diferença (Numas).

Para participar on-line, basta acessar o canal da FFLCH USP no YouTube: https://youtube.com/live/52_zim4OrBI

Início:
Sala 118 do Prédio das Ciências Sociais - Av. Prof. Luciano Gualberto, 315 - FFLCH/USP

Red parakeets, mad cows and animal reservoirs in the work of Claude Lévi-Strauss

Projeto USP-Cofecub "Coleções compartilhadas" (MAE-USP & Collège de France)

In this talk, I will present my reading of the work of Claude Lévi-Strauss through my ethnographic research on bird conservation in China and France. I will first analyse the famous statement « Bororo are Arara » which has circulated in 20th century anthropology and philosophy from the ethnography of Karl Von den Steinen in Xingu to Lucien Lévy-Bruhl’s books on « primitive mentality » to the detailed analyses of the Bororo society by Claude Lévi-Strauss and Christopher Crocker. I will show how the focus on bird feathers colors enabled Lévi-Strauss to solve an enigma that questioned the ontology of Amazonian societies between phenomenology, analytic philosophy and structuralism. I will then analyse Lévi-Strauss’s 1996 article on mad cow disease to show how they imply a concept of sentinel species which I have investigated in my research on avian influenza in China. I will finally offer a quick interpretation of Lévi-Strauss’ 1962 book, La pensée sauvage, through the concept of animal reservoir, which I introduce from the epidemiology of infection and orient toward the esthetic of conservation. I thus want to show the actuality of Lévi-Strauss’ thinking on signs to think about the semiotic of birds as sentinel species.

Link da transmissão:
https://www.youtube.com/live/64bXnqWB9ps