Eventos
Acontece no dia 29/06, às 16h, na sala 24 (Prédio das Ciências Sociais) o primeiro evento promovido pelo LETEC - Laboratório Etnográfico de Estudos Tecnológicos e Digitais, do Departamento de Antropologia e financiado pela FAPESP. Este evento inaugura o Ciclo de Debates Tecnologia e Internet, que ocorrerá ao longo de 2023. Nesta primeira edição, teremos a mesa redonda "Tecendo o Presente: Interconexões entre Inteligência Artificial, Antropologia e Sociedade". Participam: Valdinei Freire (EACH/C4AI-CID-USP) Renata Wassermann (C4AI-CID/IME/USP) Mayane Batista (UFAM/FFLCH-C4AI-USP/Researcher) Thiago Marcílio (C4AI-USP/Researcher) Laísa Lima (NEPAM-UFAM) Nicole Grell (C4AI-PROINDL-USP) Cássia Sampaio Sanctos (IBM-Research) Pâmela Ferreira (ICMC-USP) Haverá também divulgação pelo Youtube.
Em Junho o Mecila recebe o professor Ángel Ramírez, do povo Palta do Equador e Vice-reitor de Pesquisa e Extensão da Universidad Intercultural de las Nacionalidades y Pueblos Indígenas Amawtay Wasi (UINPIAW) para uma breve visita em São Paulo.
Dia 29 de junho (quinta-feira), Ángel Ramírez participará de duas atividades organizadas pelo Mecila em parceria com o Centro de Estudos Ameríndios (CEstA-USP) e a Cátedra Kaapora (Unifesp) na sala 8 do Conjunto de Filosofia e Ciências Sociais (FFLCH-USP).
Às 14h está prevista uma roda de conversa sobre interculturalidade em licenciaturas indígenas com Ángel Ramírez (UINPIAW), Valéria Macedo (Unifesp) e professores envolvidos na licenciatura intercultural indígena a ser criada na Unifesp.
Após um breve intervalo se iniciará às 17h30 a palestra aberta de Ángel Ramírez sobre “Gestión Intercultural del Conocimiento, Decolonialidad y Propiedad Intelectual Colectiva” com comentários de Tiago Nhandewa (PPGAS/USP). A palestra será transmitida ao vivo para o canal de YouTube do Mecila.
Segundo encontro do seminário "Prefigurações decoloniais no espaço urbano" (parceria entre o Grupo de Estudos de Antropologia da Cidade (GEAC-USP), o Coletivo de Antropologia Urbana (CAU, Portugal) e o Instituto de Referência Negra Peregum (Brasil)), com a participação de José Baessa de Pina, Ana Rita Alves e Stella Paterniani.
Inscrições: https://prefiguracoes2.eventbrite.com.br
Antropologia aplicada a situações humanitárias: a relação com o campo, desafios metodológicos e questões éticas.
Jean-François Veran é PhD em Antropologia pela École des Hautes Études des Sciences Sociales (França) e professor associado da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Brasil). Ingressou na Médicos sem Fronteiras em 2010 como consultor de antropologia, onde desenvolve uma antropologia em "situação humanitária" que aplica em campo a questões de migração, gerenciamento de crises epidêmicas, saúde sexual e reprodutiva e violência urbana. Seu último livro é Médicos Sem Fronteiras e Situações Humanitárias, Uma Exploração Antropológica/Médecins Sans Frontières and Humanitarian Situations An Anthropological Exploration (Routledge, London, 2020).
Palestra com TRUDRUÁ DORRICO (pós-doutoranda/UFRR)
Letras de Makunaimã: o tronco da Literatura Indígena Makuxi
Debatedor: Tiago Nhandewa (doutorando/PPGAS/USP)
Trudruá Dorrico pertence ao povo Macuxi. Doutora em Teoria da Literatura na PUCRS. Mestre em Estudos Literários e licenciada em Letras Português pela UNIR. É poeta, escritora, palestrante, pesquisadora de literatura indígena. Venceu em 1º lugar o concurso Tamoios/FNLIJ/UKA de Novos Escritores Indígenas em 2019. Administradora do perfil @leiamulheresindigenas no Instagram e do canal no YouTube Literatura Indígena Contemporânea. Curadora da I Mostra de Literatura Indígena no Museu do Índio (UFU). Autora da obra “Eu sou Macuxi e outras histórias” (Caos e Letras, 2019). Curadora do FeCCI - I Festival De Cinema Indígena, Brasília (2022). Atualmente está no programa de pós-doutorado pela Universidade Federal de Roraima, UFRR, em literatura indígena contemporânea: narrativas do povo Makuxi, 2023. Recém finalizou a residência artística no Cité Internationale des Arts (Paris, 2023).
05/06/2023, 14h
Sala 08 do Prédio das Ciências Sociais
Av. Prof. Luciano Gualberto, 315
https://youtube.com/live/RGV87YCIVYg
Dia 2 de junho, às 14 horas, a Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP realizará a cerimônia de diplomação do título de Professor Emérito a Kabengele Munanga, docente do Departamento de Antropologia. O evento será realizado na Sala do Conselho Universitário.
Nascido na República Democrática do Congo, o professor Kabengele Munanga é brasileiro por naturalização desde 1985. Iniciou sua carreira acadêmica como Professor Assistente na Universidade Oficial do Congo, onde atuou de 1969 a 1975, e começou seus estudos de pós-graduação com uma bolsa de estudos recebida do governo belga, na Universidade Católica de Louvain, onde permaneceu de 1969 a 1971. Nesse período, foi pesquisador no Museu Real da África Central em Tervuren, em Bruxelas, e se especializou em estudo das artes africanas tradicionais. Em razão da ditadura militar instalada em seu país, Munanga precisou voltar antes de concluir seu doutorado.
Em 1977, concluiu seu doutorado em Ciências Humanas, na área de Antropologia Social, com bolsa concedida pela USP. Intitulada Os Basanga de Shaba, Um Grupo Etnico do Zaire, Ensaio de Antropologia Geral, sua tese de doutorado foi publicada em 1986 pela FFLCH-USP.
Munanga se tornou professor na FFLCH em 1980, onde lecionou até 2012, tendo como foco principal as áreas de Antropologia da África e da População Afro-brasileira. Na USP, foi Diretor do Museu de Arqueologia e Etnologia, entre 1983 e 1989; Vice-Diretor do Museu de Arte Contemporânea, entre 2002 e 2006; Diretor do Centro de Estudos Africanos, entre 2006 e 2010; e atualmente é professor sênior no Centro de Estudos Africanos da FFLCH. A Faculdade reconhece Kabengele Munanga por sua excepcionalidade em todos os campos em que atuou na universidade, que se estendem desde a docência na graduação e na pós-graduação, até a formação de pesquisadores, condução de pesquisas, publicações, atividades de cultura e gestão tanto acadêmica quanto institucional.
Também foi professor na Universidade de Montreal, no Canadá, entre 2005 e 2010, professor visitante na Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, na Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, na Universidade Federal do Rio Grande do Norte, na Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo, na Universidade Cândido Mendes, na Escola de Sociologia e Política de São Paulo, na Universidade Eduardo Mondlane, em Moçambique e no Centro de Estudos Afro Asiáticos.
Autor de numerosas publicações, que somam mais de 150 entre livros, capítulos de livros e artigos científicos, Munanga tem como legado a contribuição de uma vida versando sobre temas como racismo, políticas e discursos antirracistas, negritude, identidade negra versus identidade nacional, multiculturalismo e educação das relações étnico-raciais. O livro de sua organização Superando o Racismo na Escola, publicado em 1999 pelo Ministério da Educação, foi o primeiro a introduzir a questão racial nos temas transversais dos Parâmetros Curriculares Nacionais.
“Kabengele Munanga teve sua vida marcada pela luta contra a opressão racial e pela conquista de direitos dos negros no Brasil. Sua atuação, num país em que o racismo estrutural nos envergonha até hoje, merece destaque”, enfatiza o professor doutor Heitor Frúgoli Júnior, Chefe do Departamento de Antropologia.
Em 2012, Kabengele foi homenageado pela Associação dos Docentes da Universidade da USP (ADUSP) por sua contribuição à superação das desigualdades raciais no Brasil. Recebeu inúmeros prêmios e títulos honoríficos, entre os quais: a Comenda da Ordem do Mérito Cultural, pela Presidência da República Federativa do Brasil; Grau de Oficial da Ordem do Rio Branco do Ministério das Relações Exteriores, Palácio do Itamaraty; o Prêmio Benedito Galvão, da Ordem dos Advogados do Estado de São Paulo; o Troféu Raça Negra, pelo Afro-Brás e Faculdade Zumbi dos Palmares; Homenagem como Decano em Estudos Antropológicos, pelo Departamento de Antropologia da USP; Homenagem da Associação dos Docentes da Universidade de São Paulo, ADUSP; Prêmio de Direitos Humanos USP/2017. Além disso, em setembro de 2016 recebeu o título de cidadania baiana pela Assembleia Legislativa do Estado da Bahia e, mais recentemente, a Medalha Roquette Pinto, outorgada pela Associação Brasileira de Antropologia.
O evento de outorga ocorre dia 2 de junho, às 14 horas, na Sala do Conselho Universitário, na Rua da Reitoria, 374, Cidade Universitária, São Paulo.
Compondo a mesa: Prof.Dr. José Guilherme Cantor Magnani e Prof.Dr. Giancarlo Machado e como debatedora Jéssica Andrade.
Realização - Laboratório do Núcleo de Antropologia Urbana da USP e Núcleo Citadino - Núcleo Interdisciplinar de Temáticas Urbanas (Universidade Estadual de Montes Claros/Unimontes)