Eventos

Início:
Rua do Anfiteatro, 181 - favo 10, Cidade Universitária, São Paulo - SP

Sexta-feira, dia 19 de maio de 2023, às 14h30
LISA - Laboratório de Imagem e Som em Antropologia - FFLCH/USP
Rua do Anfiteatro, 181 - favo 10, Cidade Universitária, São Paulo - SP

Depois de chegar ao mar, e adentrar a dimensão litorânea do mundo, entendi que toda paisagem é uma paisagem fantasma. Há marcas no chão, ainda que frágeis e temporárias, marcas que desaparecem na próxima subida da maré. Quantos mortos habitam o mundo dos vivos, ruas e estradas, o horizonte onde agora se agitam as asas de um pássaro? Percorri as mais diversas paisagens em busca do que nelas faltava, carregando a pergunta: o que resta? Hoje encontro algas e corais, mas sigo com os fantasmas. Pesquisar é mover-se e fazer mover o mundo inteiro. A viagem continua, fazendo-se de restos, restos escavados e remontados, reorientando de forma permanente a sua própria narrativa.

Carolina Junqueira dos Santos é doutora e mestre em Artes pela Escola de Belas Artes da UFMG. Realizou seu pós-doutorado no Departamento de Antropologia da USP, com estágio na EHESS, em Paris. Realizou diversas pesquisas de campo em busca das marcas e inscrições dos mortos nas paisagens e o vínculo com os vivos. Investiga sobretudo imagens e práticas de memória, entre fotografias, monumentos aos mortos, produções artísticas e literárias em torno do luto. Sua tese doutoral, sobre fotografias de família em contexto de luto, ganhou o Prêmio Capes de Tese de 2016. Em 2020, publicou o website . Instagram <@corpo.lacuna>.

Início:
Sala 14 do Prédio das Ciências Sociais - Av. Prof. Luciano Gualberto, 315

Abertura:
Laura Moutinho (Numas e PPGAS/USP)
 
Apresentações:

Ari Vera Morales (Almas Cautivas - México)
Anna Operman (Studio AH - Brasil)
Marcio Zamboni (Numas-USP/ EASA)
 
Mediação: Hailey Kaas (Centro de pesquisa Transfeminista/ USP)


Organização: NUMAS/USP e PPGAS/USP
Tradução simultânea: Gibran Teixeira Braga (Numas e PAM/USP)
Apoio: Almas Cautivas AC (México)
Anthropology of Confinement EASA Network
Centro de pesquisa Transfeminista
Coletivo Xica Manicongo
Corpas Trans USP
Studio AH
 
Descrição:
Nos últimos anos, as pessoas LGBT+ privadas de liberdade têm se consolidado como sujeitos de direitos em diversos contextos latinoamericanos – fenômeno analisado por um crescente número de pesquisadores. Apesar de alguns importantes avanços no âmbito legal e institucional, os desafios enfrentados por essa população são imensos, tendo sido agravados no contexto da pandemia de COVID 19.
Neste evento, contamos com a presença da reconhecida ativista mexicana Ari Vera Morales, presidente da Associação Civil Almas Cautivas, para a realização de um debate sobre esse tema de grande relevância política e social. Participam também pesquisadores do tema e representantes de projetos que atuam com a reintegração de pessoas trans que passaram pelo cárcere. A proposta é pensar não apenas na experiência da prisão, mas também em formas de combate à criminalização dessas vidas e de prevenção da reincidência.
 
A Corpas Trans USP vai auxiliar na logística de transporte entre o local do evento e o metrô Butantã, garantindo a segurança dos corpos dissidentes que participarem do evento. Entrar em contato com @ma.andoyiki para mais detalhes
 

Início:
Sala 14 do Prédio das Ciências Sociais - Av. Prof. Luciano Gualberto, 315

PALESTRA COM ADALBERTO MÜLLER
A COSMOPOÉTICA GUARANI MBYA: (RE)TRADUZINDO O AYVU RAPYTA

Debatedora: Anai Vera (doutoranda PPGAS/FFLCH/USP)

02/05/2023, 14h
Sala 14 do Prédio das Ciências Sociais
Av. Prof. Luciano Gualberto, 315

https://www.youtube.com/watch?v=EggSifaVxYg

Após uma imersão no estudo das de algumas línguas da família Tupi-Guarani (particularmente do Mbyá, do Guarani e do Kaiowá), proponho uma retradução rítmica e anotada do Ayvu Rapyta, além de um estudo sobre a sua cosmopoética. Ao falar de cosmopoética, entendo que se trata de uma cosmologia (ou cosmogonia) em que o aspecto poético engendra algo que parece ir muito além da “mitologia”. Observando a língua na qual se assenta o Ayvu Rapyrta – língua de dificílima tradução – nota-se que se organiza como uma forma genuína de pensar os vários mundos em que habitamos. Nesta palestra, pretendo discutir alguns conceitos fundamentais do Ayvu Rapyta, como linguagem/alma (ayvu/ñe’ẽ), amor (mborayu), ritmo (mba’e a’ã), e o bem viver (teko porã).

Adalberto Müller é Professor Associado de Teoria da Literatura da Universidade Federal Fluminense, escritor e tradutor. Como tradutor, publicou, entre outros, a edição crítica e anotada da Poesia Completa de Emily Dickinson (Editora da UnB/ Editora Unicamp) e Partido das coisas, de Francis Ponge (Iluminuras 2022). Como ficcionista, publicou os livros de contos O traço do calígrafo (Medusa, 2019), e Pequena filosofia do voo (Editora 7Letras, 2022). Como Cientista do Nosso Estado da FAPERJ, desenvolve atualmente o projeto de pesquisa “Ombojera: desdobramentos Tupi-Guarani na literatura brasileira”, dedicando-se às cosmologias Guarani Mbyá e Kaiowá.

 

Início:
Sala 24 do Prédio das Ciências Sociais - Av. Prof. Luciano Gualberto, 315
Início:
Sala 24, prédio de Filosofia e Ciências Sociais - USP

Referências principais

FAGUNDES, Guilherme Moura. 2019. “ Pirotécnicas, piropolíticas e suas dinâmicas vitais” (pp. 54-71) e “Antes era manejo do gado, agora é manejo do fogo” (pp. 379-405). In: Fogos gerais: transformações tecnopolíticas na conservação do Cerrado (Jalapão-TO). Tese de doutorado. Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da Universidade de Brasília

_____. 2017. Outro Fogo. Filme etnográfico. 21 min.

 

Referências complementares

EMPERAIRE, Laure. 2005. “A biodiversidade agrícola na Amazônia brasileira: recurso e patrimônio”. In: Patrimônio Imaterial e Biodiversidade. Número especial da Revista do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, n 32: 31-43.

FERDINAND, Malcom. 2022. Uma ecologia decolonial: pensar a partir do mundo caribenho. São Paulo: Editora UBU.

FERRET, Carole. 2014. “Towards an anthropology of action: From pastoral techniques to modes of action.” Journal of Material Culture, Vol. 19(3), p. 279–302 

HAUDRICOURT, André-Georges. 2013 [1962]. “Domesticação de animais, cultivo de plantas e tratamento do outro” Série Tradução n. 7, PPGAS/DAN.

HUI, Yuk. 2017. Cosmotécnica como cosmopolítica. In: Tecnodiversidade. São Paulo: UBU.

PYNE, Stephen J. 2021. The Pyrocene: How We Created an Age of Fire, and What Happens Next. California: University of California Press

PITROU, Perig. 2014. “La vie, un objet pour l'anthropologie? Options méthodologiques et problèmes épistémologiques”. L'Homme (n° 212), pp. 159-189

Início:
Sala 08 do Prédio das Ciências Sociais - Av. Prof. Luciano Gualberto, 315

VII Conferência Nimuendaju, com João Paulo Lima Barreto (UFAM) - Duhkewehtise e Sutiwehtise: Os modos de transformação do corpo.

Início:
Auditório Nicolau Sevcenko - Av. Lineu Prestes, 338

Sobre lembranças e esquecimentos: Uma leitura dos processos de racialização no Brasil.

Início:
Local: Auditório do LISA - Rua do Anfiteatro, 181 - Colmeia - favo 10
Início:
Período: 14-03-2023 até 16-03-2023
CPF SESC

14/3
Mesa 1 - Dinâmicas culturais na cidade: redes de saber e fazer
Com Heitor Frúgoli Jr. e Egbome Jennifer de Xangô.
16/3
Mesa 2 - Fluxos na cidade: mosaico multiétnico do Bixiga
Com Sheila Schneck e José Adão de Oliveira.
Mediação: Michel Françoso
Mais detalhes em https://centrodepesquisaeformacao.sescsp.org.br/atividade/o-territorio-bixiga-horizontes-para-preservacao-dos-modos-de-vida

Início:
Auditório do LISA - Laboratório de Imagem e Som em Antropologia

Realização:
 Centro de Estudos Ameríndios (CEstA) FFLCH-USP
 Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social (PPGAS-USP)
 Laboratório de Imagem e Som em Antropologia (LISA-USP)

Apoio:

● Editora UBU
● Ambassade de France au Brésil
● Institut Français
● Instituto Pólis

O fórum reúne pesquisadores e pesquisadoras da antropologia e filosofia para extrair
desdobramentos do livro “Uma ecologia decolonial: pensar a partir do mundo caribenho”, de
Malcom Ferdinand. Duas mesas-redondas serão dedicadas aos principais conceitos e
problemáticas do livro, compondo um repertório que articula temáticas como a questão racial,
Antropoceno, ecologias quilombolas, mundo caribenho, ambientalismo e cosmopolítica. O
evento se encerra com uma conversa entre o Malcom Ferdinand e o pensador e lavrador
quilombola Antônio Bispo.

[segunda-feira, 13/03/2023]

Sessão 1 (10h – 12h). Moderação: Stelio Marras (IEB/USP)
Local: Auditório do LISA
(O fórum não terá transmissão simultânea, mas a gravação será disponibilizada no site do
CEstA.)
(15min) Guilherme Fagundes (USP) – A dupla fratura racial
(15min) Rodrigo Bulamah (UNIFESP) – De Gaia ao Ayiti
(15min) Karen Shiratori (CESTA/USP) – Do Antropoceno ao Negroceno
(15min) Igor Scaramuzzi (Iepé/CPI-SP) – Ecologias Quilombolas
Debate – 11h-12h.

Sessão 2 (14h – 16h).  Moderação: Renzo Taddei (UNIFESP)
Local: Auditório do LISA
(15min) Eraldo Souza dos Santos (Université Paris 1 Panthéon-Sorbonne) – Ecologia e
desobediência civil
(15min) Henyo Barreto (UnB/ Wageningen University) – A arca de Noé em cais
afropindorâmico
(15min) Alyne Costa (PUC-Rio) – Cuidar das fraturas entre Terras e mundos
(15min) Renato Sztutman (USP) – Ecologia decolonial como cosmopolítica
Debate – 15h-16h.
Pausa. 16h-17h

Sessão 3 (17h – 18h30). Moderação: Ana Sanches (Instituto Polis/EACH-USP)
Local: Sala 08 da Ciência Política - FFLCH
Confluências entre Malcom Ferdinand (CNRS) e Antônio Bispo (Quilombo do Saco-
Curtume, PI)
Link da Conferência: https://www.youtube.com/watch?v=7RCuzE6b83k