Eventos
Centro de Estudos Ameríndios (CEstA) e editora Ubu convidam para a palestra com Mauro Almeida (Unicamp): Pragmatismo e Multinaturalismo 13/5, sexta-feira, às 14h30 antiga sala do Cinusp Rua do Anfiteatro, 181. Colmeia, favo 4 Cidade Universitária, São Paulo Haverá a venda dos livros do Mauro Almeida na entrada do evento. O livro também está à venda no site: https://www.ubueditora.com.br/
Antropologia no Nordeste: Perspectivas Indígenas
06/05/2022 | 18:00 (Horário de Brasília) | Evento online
Participação:
Anari Braz Bonfim (PPGAS/MN-UFRJ)
Chirley Pankará (PPGAS/USP)
Wilke Torres Melo (NEPE/UFPE)
Mediação:
Idjahure Kadiwel (COPAF e PPGAS/USP)
Link para transmissão:
https://youtu.be/cjtImzRaXWs
Em confluência com as atividades relacionadas ao Abril Indígena por todo país, a Sexta do Mês, com apoio do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da Universidade de São Paulo e da COPAF, Comissão Permanente de Ações Afirmativas do PPGAS/USP, inicia o ano de 2022 com uma mesa especial, composta inteiramente por antropólogas e antropólogos indígenas do Nordeste. Apesar de sua marginalização, a etnologia do Nordeste tem contribuído historicamente com temáticas fundamentais para o alargamento da pauta mais geral da antropologia, como, destacadamente, através das questões sobre identidade étnica e sobre processos de territorialização.
É nessa região que se consolidou o conceito denominado etnogênese, reformulado em uma perspectiva mais atualizada por seus protagonistas por meio da autoidentificação, marco da afirmação dos direitos indígenas fundamental para a legitimidade das reivindicações à terra. É também no Nordeste onde emergiu a estratégia política e territorial das retomadas, disseminada atualmente entre povos indígenas Brasil afora, em desagravo às situações de esbulho e expropriação coloniais. Destacam-se, ainda, questões conceituais em torno da mistura enquanto fator distintivo dos grupos da região; a significativa comunicação interétnica e afinidades históricas e culturais entre esses povos; assim como a importância de suas lideranças nas reivindicações e lutas pela terra, as quais se veem hoje diante de uma crescente criminalização dos movimentos indígenas. Ressalta-se o número crescente de pesquisas que têm ampliado tais temáticas e perspectivas teóricas, com destaque para a emergente produção de antropólogas e antropólogos indígenas, cujas pesquisas e perspectivas estarão no centro da roda desta Sexta do Mês.
Profa. Dra. Silvana Nascimento (USP)
Dia: 02/05/2022 às 19h00
Disciplina: Interrogando Gênero: lendo autoras latino-americanas e africanas.
Coordenação: Denise Pimenta (Fiocruz/PPGAS-USP).
O PAM - Pesquisas em Antropologia Musical convida para a apresentação da etnografia e da série de filmes Sensorhythms, realizadas pelo pós-doutor Mihai Leaha. Na terça-feira, 26/04, às 16h, no Auditório do LISA - Laboratório de Imagem e Som em Antropologia. Rua do Anfiteatro, 181, colmeias, favo 10.
O PPGAS/USP convida a todes, todas e todos para a aula inaugural do semestre "A Dívida Impagável" com Denise Ferreira da Silva, Diretora do Social Justice Institute/University of British Columbia, que acontecerá no dia 25 de abril de 2022, às 19h, no Canal do PPGAS/USP no YouTube.
A abertura será realizada por Laura Moutinho (coordenadora do PPGAS/USP). A mesa será mediada por Alessandra Tavares (Periferia Segue Sangrando/PPGAS-USP) e Léa Tosold (GIRA-USP/SCRIPTS - Freie Universität Berlin).
Seguem duas indicações de leitura:
SILVA, Denise Ferreira da “Para uma Poética Negra Feminista: A Busca /Questão da Negridade Para o (Fim do) Mundo”. In: FERREIRA da SILVA, Denise - A Dívida Impagável, São Paulo: 2019.ISBN 978-85-7715-615-3 https://casadopovo.org.br/wp-
SILVA, Denise Ferreira da. “Reading art as confrontation,” e-flux journal, no.#65 SUPERCOMMUNITY, may-august 2015, http://supercommunity.e-flux.
Datas: 30/03 a 01/04/22 na Biblioteca Mário de Andrade.
1o dia - 30/03
17h00 - Cerimônia de Abertura
Fala de abertura: Suzel Reily – Musicar local e patrimônio
17h30 – Mesa Registros
Renata Amaral - O que lembro, tenho – 30 anos do Acervo Maracá
Luciana Rosa - O choro como patrimônio: memórias e registros do choro paulistano
Isabel Santos - O papel dos detentores na oficialização de registro do seu saber como
patrimônio imaterial: o caso do forró
Lorena Avellar de Muniagurria - comentadora
2o dia - 31/03
17h30 – Mesa Trânsitos
Kelwin Marques - Batucando-Cantando-Dançando: um Ouro do Congo na cidade de São
Paulo (ensaio visual)
Mariana Teófilo - Imigração boliviana e suas práticas: musicando o Altiplano em São
Paulo
Rose Satiko Gitirana Hikiji - Heranças e invenções – musicar o patrimônio africano em
São Paulo
Brisa Flow – Intervenção
Klaus Wernet - comentador
3o dia - 01/04
17h30 – Mesa Palcos
Mihai Andrei Leaha - Palcos na Rua, espaços e imagens da cena independente de música
eletrônica de São Paulo (ensaio audiovisual)
Julio Stabelini - Novo Anhangabaú: o skate vale o palco
Meno del Picchia - Um musicar dos paredões - fronteiras sonoras da quebrada
Chapinha (Samba da Vela) – São Paulo, lugar de encontros
Luis Henrique Toledo - comentador
20h – Cerimônia de encerramento
Show: Yannick Delass
Evento Hybris "Sobre experiências e modos de existência da lei no serviço público", com Ciméa Bevilaqua (UFPR). Dia 17/12, às 16h. Entrar em contato pelo email antropologiahybris@gmail.com para acesso ao link da reunião.
com Prof. Jean-Christophe Goddard (Universidade de Toulouse Jean Jaurès).
Entrar em contato pelo email antropologiahybris@gmail.com para acesso ao link.
*O palestrante fará sua exposição em francês, sem tradução simultânea.
Via Zoom - bit.ly/napedra
No Youtube - https://www.youtube.com/channel/UCcmmeOVL_9x0NvUivBOf6Yg
Em 2001, a partir da iniciativa dos participantes de uma disciplina optativa do PPGAS/ USP, interessados em explorar uma série de questões além do âmbito disciplinar, surge o Napedra. A disciplina se chamava Paradigmas do teatro na antropologia. Decidimos aprofundar nossos estudos nas interfaces de antropologia e performance, alternando estudos de textos relevantes à antropologia da performance com experiência em campo de eventos performáticos.
Coordenado por John C. Dawsey, o Napedra surge do encontro de antropólogos em busca de conhecimentos produzidos nas oficinas de arte, com artistas em busca dos saberes associados ao ofício dos antropólogos. Trata-se do primeiro núcleo de pesquisa em antropologia e performance no Brasil.
Sismologia da performance. O Núcleo de Antropologia, Performance e Drama (Napedra), cuja sigla evoca uma imagem geológica, nasce dos ecos de um movimento sismológico no próprio campo da antropologia. Nele ressoam os sons e ruídos de uma “virada performativa” na antropologia, que se inicia nos anos 1970, envolvendo um número significativo de pesquisadores.
Entre as artes e as ciências, o conceito de performance adquire formas variadas, cambiantes e híbridas. Há algo de não resolvido neste conceito que resiste às formulações definitivas e delimitações disciplinares. A partir de diferentes campos do saber e expressão artística – teatro, música, artes performativas, antropologia, sociologia, psicanálise, linguística, estudos decoloniais, feminismo, teoria queer – formula-se o conceito de performance.
O Napedra tem sido pioneiro em estudos de performance na antropologia brasileira. Organizou eventos que marcam o campo da antropologia da performance, tais como o Encontro Internacional de Antropologia e Performance – EIAP (2011), o I Encontro Nacional de Antropologia e Performance – ENAP (2010), e os Encontros com Richard Schechner (2013). Propôs os primeiros fóruns de pesquisa e grupos de trabalho em estudos de performance da Associação Brasileira de Antropologia (ABANNE 2003; RBA 2004, 2006, 2012) e da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais (ANPOCS 2005, 2006, 2007). Organizou fóruns de pesquisa e grupos de trabalho no Primeiro Congresso Latinoamericano de Antropologia (ALA 2005) e Reuniões de Antropologia do Mercosul (RAM 2005, 2009). Em 2009, realizou o Colóquio do Napedra: Sons, Ruídos e Poéticas da Performance. De 2008 a 2013, desenvolveu o projeto temático Antropologia da Performance: Drama, Estética e Ritual (Fapesp 06/53006-2), período em que se destaca a participação de Regina Pólo Müller, como uma pesquisadora principal. Do projeto resultaram 22 livros, 81 artigos, 82 capítulos de livros, e 102 apresentações internacionais. Criou vínculos com NYU, Université Paris 8, EHESS, IUL-CRIA, UBA e outros centros de estudos de performance. Publicou as coletâneas Antropologia e performance: ensaios Napedra (Terceiro Nome, 2013), Antropologia e performance (dossiê da Revista de Antropologia, 2013) e Sismologia da performance: palcos, tempos e f(r)icções (dossiê da Revista Cultures-Kairós, 2016). De 2014 a 2020, organizou os eventos Napedra em performance: criações 1 a 11. E, agora, em 2021, Sismologia da performance: Napedra 20 Anos.
Novos grupos e programas de pesquisa foram criados por membros do Napedra, contribuindo para a formação de um campo. Em destaque, o Núcleo de Antropologia do Direito (NADIR), na USP, por Ana Lúcia Pastore Schritzmeyer; o Núcleo de Antropologia da Imagem e Performance (NAIP), na UNESP, por Edgar Teodoro da Cunha; o Grupo Ritual, Festa e Performance, na UFS, por Euf rázia Cristina Menezes Santos; o Grupo Antropologia em Contextos Islâmicos e Árabes (GRACIAS), na USP, por Francirosy Campos Barbosa; o grupo de pesquisa MOTIM – Mito, Rito e Cartografias Feministas nas Artes, na UERJ, por Luciana de Fátima Rocha Pereira de Lyra; o Grupo Terreiro de Investigações Cênicas: Teatro, Brincadeiras, Rituais e Vadiagens, na UNESP-SP, por Marianna F. M. Monteiro; o grupo Poéticas do Corpo, na UnB, por Rita de Cássia de Almeida Castro; o Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Performances Culturais da UFG, por Robson Corrêa de Camargo; o grupo de Pesquisas em Antropologia da Música (PAM), na USP, por Rose Satiko Gitirana Hikiji; e o Núcleo de Estudos sobre Performance, Patrimônio e Mediações Culturais (NEPPAMCs) da UFMG, por Rubens Alves da Silva.
Em 1977, desponta no universo da antropologia um dos centros gravitacionais, ou remoinhos, de um campo emergente. Victor Turner, um antropólogo em busca de saberes das artes da performance encontra-se com Richard Schechner, um diretor de teatro que, na sua relação com Turner, torna-se aprendiz da antropologia. Trata-se, na experiência do Napedra, de um ponto luminoso que serve de referência para uma das constelações de estudos de performance. Isso, num universo em expansão e descentrado.
Novos horizontes se abrem. Ganham força no Napedra estudos de filmes, imagens, performances narrativas, corpos em cena, teoria queer, necropolítica, cartografias feministas, etnografias à deriva, performances decoloniais, estudos amefricanos, perspectivismo ameríndio, antropoceno, afrofuturismo. Desde a sua criação, chama atenção as aproximações de pesquisadores do Napedra com o pensamento de Walter Benjamin, ensaiando possíveis antropologias benjaminianas. Também merece atenção a aproximação do Napedra, desde 2007, com o Núcleo de Artes Afro-Brasileiras e com Luiz Antonio Nascimento Cardoso, o Mestre Pinguim, que, ao longo de mais de duas décadas, atua num dos espaços mais significativos de performance e criação de saber na USP.
Evento Hybris, com Luiza Dias Flores (doutora em Antropologia e professora de Antropologia na UFAM).
Entrar em contato pelo email antropologiahybris@gmail.com para acesso ao link de transmissão.